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Zézinho Sobral aponta que a falta de grandes paralisações é sinal de que o magistério está satisfeito com o governo

Foto: André Moreira

Durante evento no Colégio Atheneu Sergipense na manhã da última segunda-feira, 13, estudantes e figuras políticas dividiram espaço para debater as atividades ali desenvolvidas e a importância do protagonismo dos estudantes. Uma das falas que chamou atenção foi a do governador em exercício e secretário de educação, Zézinho Sobral (PSB).


O evento, que encerrava a simulação do Atheneu ONU, contou com a presença de personalidades da política, com o intuito proporcionar a troca de experiências entre elas e os estudantes que compunham a simulação. Apesar de o foco ser motivar os estudantes a assumirem espaços de protagonismo e sonharem com uma realidade melhor para todos, o governador em exercício compreendeu como uma oportunidade de destacar seus feitos à frente da pasta da educação.


Além de ignorar a falta de estrutura em algumas escolas, queixas em relação à merenda e outros pontos críticos de sua gestão, Zézinho destacou a boa relação que mantém com o magistério estadual. Ressaltando que os sergipanos não observam maiores paralisações e atos afins por parte dos professores, o secretário de educação atribuiu ao diálogo que mantém com a classe e pela retomada da carreira.


Entretanto, o posicionamento do SINTESE, que representa o magistério estadual, é de insatisfação em relação governo de Fábio Mitidieri (PSD). No ano passado, após longa negociação, o governador apresentou à Alese um plano de reestruturação muito aquém do reivindicado pela classe e, neste ano, não há sinais de que seja diferente.


Segundo o presidente do SINTESE, há uma ausência de proposta concreta do governo em relação às propostas do magistério. Dentre elas, há a realização de concurso público, o reajuste do piso, o descongelamento do triênio, a melhoria das condições de trabalho e etc. No próximo 16 de maio a classe irá realizar assembleia para definir a estratégia de luta.


A fala de Zézinho foi rebatida pelo deputado estadual Marcos Oliveira (PL), que credita a diminuição das manifestações à violência por parte do Estado para com os professores e à falta de concursos públicos. “A gente nunca viu tanta polícia para enfrentar professores como vimos nesta casa [Alese]”, disse o deputado, que acrescentou que “ninguém quer tomar cacetada. As pessoas precisam de respeito, de diálogo e de acesso ao Piso Nacional do Magistério”.


Zézinho ignora a revolta do magistério com as perdas contínuas em sua carreira. Basta um rápida conversa com os professores da rede para observar que de todas as hipóteses absurdas para não haver grandes mobilizações, a satisfação dos professores deve ser a mais estapafúrdia. 



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