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  • Foto do escritorAndré Carvalho

Viagem de comitiva do governo sergipano à Irlanda é questionada por tamanho e possível custo


Foto: Instagram.

Uma grande comitiva sergipana desembarcou na Irlanda neste mês com o intuito de divulgar o artesanato local e estreitar relações diplomáticas com o país. Composta por membros do governo, do Banese, deputados federais e apenas uma artesã.


A viagem da comitiva sergipana tem chamado atenção dos cidadãos pelo seu tamanho, gerando questionamentos acerca da efetiva necessidade de que todos os componentes dela estivessem lá, ao custo dos cofres públicos. A visita seria em retribuição à vinda do embaixador da Irlanda ao estado.


Um dos pontos da viagem mais explorado pelo governo é o trabalho de divulgação da renda irlandesa, originária da Itália, mas a comitiva também se destinou a visitar instituições de educação e empresas do país. Os secretários Jorge Teles, Zezinho Sobral, Danielle Garcia, o presidente da Agência Desenvolve-SE, Milton Andrade, representantes do Banese, Marco Queiroz e Ademário Alves, os deputados federais Fábio Reis e Katarina Feitosa, a prefeita de Divina Pastora, Clara Rollemberg, a presidente da Associação das Rendeiras Independentes de Divina Pastora (Asdrin) Neidiele Silva formam a comitiva. Além destes, assessores dos secretários também foram enviados.


No Diário Oficial não há qualquer informação acerca da viagem, seja a lista de enviados ou mesmo os custos da viagem. O líder da oposição, dep. Georgeo Passos (Cidadania), criticou em plenário a falta de transparência e a quantidade de membros da comitiva.


“O turismo internacional, em Sergipe, vai acontecendo. Já foram aos Estados Unidos, já foram à Inglaterra e agora estão na Irlanda. Me chamou atenção a Irlanda mais do que outros países, deputado Paulo Júnior, porque foram lá levar renda irlandesa feita aqui, em Divina Pastora, e levaram apenas uma artesã”, afirmou Georgeo.


Matéria do portal oficial do governo informa que a viagem da comitiva a Dublin, capital irlandesa, se dispõe ao “fortalecimento dos laços diplomáticos” e com o intuito de viabilizar a exportação da renda irlandesa sergipana para aquele país. Sem ter um órgão específico para tratar de relações internacionais, função do governo federal, a viagem foi intermediada pela Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem).


Durante a viagem, a renda irlandesa foi exposta no evento “Brazil Showcase”, realizado pela Câmara de Comércio Brasil-Irlanda. No evento, a renda irlandesa ocupará um estande com a renda produzida nos municípios sergipanos, como Divina Pastora, Maruim, Laranjeiras e Nossa Senhora do Socorro.


O secretário da Seteem, Jorge Teles, erroneamente, afirmou que “nascida nas terras irlandesas, hoje floresce apenas em nosso amado estado de Sergipe”. A renda irlandesa, apesar do nome, como consta em matérias do próprio governo estadual, tem sua origem na Itália. 


A jornalista Gleice Queiroz, em seu twitter, questiona não apenas essa viagem, mas as demais que o governo do estado tem realizado, criticando o alto valor de diárias e o tamanho das comitivas, como a que em maio foi aos Estados Unidos.

A grande comitiva gera a sensação de desperdício de dinheiro público em algo sem direcionamento claro. Chama atenção que as tentativas de estabelecer relações internacionais diretas por parte do governo de Fábio Mitidieri (PSD) não contam com um setor especializado em relações internacionais e opta por comitivas exageradas em detrimento de planejamento especializado.


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