top of page
  • Instagram
  • Twitter
  • Foto do escritorAndré Carvalho

Tucanos sergipanos articulam o nome de Ricardo Marques para comando do PSDB em Sergipe


Foto: Gilton Rosas

Abandonado pelo senador Alessandro Vieira (MDB), o PSDB se encontra numa indefinição em relação ao seu futuro no estado, gerando insatisfação generalizada entre filiados. Há mágoas dos tucanos em relação à condução de Vieira no PSDB, que se movimentam para barrar qualquer interferência do senador no partido.


Nos bastidores, os tucanos de Sergipe iniciaram diálogo com a executiva nacional do partido, através do presidente Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul. A mensagem que enviaram ao presidente do partido é de que não aceitarão outro nome a não ser do vereador aracajuano Ricardo Marques, atualmente filiado ao Cidadania, visto por eles, de forma unânime, como o mais preparado e adequado para o perfil do partido.


Ao Sergipense, um filiado defendeu que "Ricardo foi uma das melhores revelações políticas de Sergipe nos últimos anos. É um nome centrado e que se mantém na oposição ao prefeito Edvaldo Nogueira (PDT). E uma oposição bastante combativa, mas feita com muito respeito e coerência". Ricardo está no Cidadania, partido que forma federação com o PSDB, e tem ganhado destaque na oposição aracajuana. A condução do mandato de Ricardo pesa favoravelmente ao nome dele no partido, “é o perfil do político que buscamos para nosso partido e para liderá-lo em Sergipe", pontuou.


Sobre a informação ventilada na mídia sergipana de que o deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) poderia vir a liderar a federação PSDB/Cidadania em Sergipe, os tucanos se posicionaram contrário, visto que Georgeo é politicamente próximo ao senador Alessandro e sequer defendeu vereadores do próprio partido quando foram atacados pelo senador durante participação no podcast “Casa de Sopapo”, comandado pela jornalista Kátia Santana.


No podcast, o senador, então presidente do PSDB em Sergipe, disparou contra os vereadores aracajuanos Ricardo Marques e Sheyla Galba (Cidadania), insinuando que os dois não sabiam fazer política e precisavam "aprender mais", chegando a compará-los com vereadores de cidades de interior - fala que repercutiu bastante em todo o estado. Os filiados advogam que precisam de alguém que faça um contrabalanço à influência de Alessandro Vieira na federação, com o risco de perderem atratividade para demais partidos.


"Ricardo e Sheyla estão fazendo um ótimo trabalho em Aracaju e precisam ser alçados por nossa federação, mas ao contrário, Alessandro fez aquela fala infeliz sobre eles que repercutiu tão negativamente que chegou até ao presidente nacional do Cidadania em Brasília, Roberto Freire. Freire de imediato saiu para defendê-los, se posicionando nas redes sociais, com prints circulando em grupos e páginas de notícias em Sergipe. E aqui? O presidente estadual [Georgeo] preferiu o silêncio, por quê? Isso ficou bem claro para nós".


Segundo os tucanos as conversas com a direção nacional do PSDB já estão bastante avançadas e esperam que até o final do mês haja uma definição sobre quem irá liderar a sigla e a federação em Sergipe. "No que depender de nós, filiados do PSDB, por aclamação, o nome será Ricardo Marques. É um nome que tem bastante aceitação intrapartidária dentro dos partidos da federação e não há porquê não ser ele".

Sob o comando do senador Alessandro Vieira, não houve ganhos para o partido que, após investir milhões na campanha de Vieira ao governo de Sergipe, não elegeu um deputado estadual sequer e viu o senador migrar para o MDB. A posição dos filiados do PSDB em Sergipe é no sentido de reconstruir o partido com a participação da militância, deixada de lado durante o período em que o senador esteve à frente do partido.


A preocupação dos tucanos não é à toa, visto que outros atores políticos que não se preocupam com construção partidária têm interesse em comandar o partido no estado com o intuito de administrar os recursos do partido. A esperada saída de Alessandro do partido é vista como uma janela de oportunidade para tentar reconstruir uma identidade partidária no PSDB.


bottom of page