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  • Foto do escritorAndré Carvalho

Separados, PT e PSOL representarão a esquerda na disputa pela prefeitura de Aracaju


Uma possível aliança entre PT e PSOL foi ensaiada em Aracaju, gerando no campo de esquerda o ânimo de que uma unidade maximizasse as chances de o espectro chegar ao segundo turno nas eleições deste ano. Apesar de animar o eleitor, o processo foi truncado e não avançou, dessa forma, os dois partidos apresentarão propostas distintas para Aracaju.


A aproximação se deu com um esforço inicial do PT e foi vista com desconfiança por militantes de ambos os partidos, que possuem entendimentos muito sólidos sobre as suas grandezas. Apesar de avançar muito tardiamente, as conversas entre lideranças das siglas se iniciaram há alguns meses. A perspectiva dos petistas era que a escolha da cabeça de chapa se desse por critérios de pesquisas, já o PSOL gostaria que o PT oferecesse à liderança na chapa como um gesto.


A visão do PSOL pôde ser vista em postagem da vereadora Sônia Meire (PSOL). Ao receber a pré-candidata do PT, Sônia afirmou que “o PT pode fazer um gesto grandioso e construir junto, tendo o PSOL na liderança da majoritária”, demonstrando indisposição a ocupar qualquer espaço que não a liderança. Além disso, alguns pré-candidatos à Câmara não se sentiam confortáveis em realizar campanha para o PT, acreditando, inclusive, que prejudicaria seu desempenho eleitoral.


No PT, a resistência em entregar a cabeça de chapa compreendeu que Candisse Carvalho (PT) estava muito avançada e construindo ativamente sua pré-candidatura desde o ano passado, tendo conseguido percentuais nas pesquisas superiores ao de Niully Campos (PSOL). Além disso, o partido possui mais mandatos em Sergipe e muito mais estrutura para financiar a campanha — o fundo eleitoral do PSOL não conseguirá garantir sequer seus principais candidatos, visto que em São Paulo o PT deve pagar a maior parte da campanha do PSOL.


Apesar de frustrarem a expectativa dos eleitores, ambos os partidos possuem legitimidade para apresentarem suas propostas e disputarem a prefeitura de Aracaju, entretanto, será preciso que mantenham o respeito mútuo e compreendam quais são seus reais opositores. Oportunamente, PT e PSOL devem, após a eleição, construir diálogos verdadeiramente abertos à cooperação para que, num futuro, se viabilize uma aliança que potencialize o espectro em Sergipe.



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