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Foto do escritorAndré Carvalho

Sem Jackson Barreto, o MDB pode rumar ao seu fim em Sergipe

Atualizado: 15 de fev. de 2023



O MDB em Sergipe tem sua história associada à de Jackson Barreto e negá-lo - abraçando um “aventureiro” -, pode significar a ruína deste partido por aqui.

Clovis Silveira, conhecido por ter presidido alguns partidos de pequeno porte, brada aos quatro cantos de Sergipe que tem os destinos do partido e de Jackson nas mãos, demonstrando, inclusive, certo desprezo por toda a biografia do ex-governador.

Pesquisando o nome de Clovis Silveira no google o leitor encontrará ligação do seu nome com diversos partidos, de forma sempre muito pragmática e sem considerar preocupação pelos estatutos dessas diversas siglas.

Com alguma reflexão, também perceberá que os partidos pelos quais passou não cresceram com a contribuição dele.

Clovis entra no MDB dizendo ter chapa montada com candidatos competitivos para a Assembleia Legislativa e para a Câmara Federal, e que não tendo o comando do partido impedirá que seus aliados continuem com suas pré-candidaturas.

Mas quais são os nomes dessas chapas? São competitivos ou são frágeis como os últimos esforços políticos deste ilustre senhor? Não se sabe!

À frente do Avante, lançou o bolsonarista Lúcio Flávio para concorrer à Prefeitura de Aracaju. Não fez com que seu candidato tivesse votação expressiva e sequer chegou perto de eleger um vereador na capital.

Com a derrota do seu candidato, fez mea-culpa dizendo que o plano sempre foi apoiar Edvaldo Nogueira, PDT, desde o primeiro turno. Estranho: de 2020 para cá, Clovis saiu de apoiador de um bolsonarista para entusiasta de um lulista.

Diferentemente de Clovis Silveira, Jackson Barreto tem biografia junto ao MDB. Pelo partido, foi prefeito e vereador de Aracaju, deputado estadual, deputado federal, governador e tenta se tornar senador ainda por esse partido. Mas ganhou como retribuição da sigla um imbróglio desnecessariamente desgastante.

Naturalmente, cabe a Jackson e aos líderes que restaram no partido a decisão sobre as alianças que formarão e quais mandatos disputarão na eleição deste ano. Uma intervenção da direção nacional para colocar um recém-filiado para liderar o processo é lançar o partido à mediocridade.

Durante a janela partidária o MDB sofreu duras perdas e precisa atrair novos quadros para tentar uma sobrevida. Uma candidatura de Jackson ao Senado, independentemente da chapa na qual esteja, tem potencial de vitória e de reestruturar a imagem do partido em Sergipe, apresentando aos eleitores sua história e visão para o futuro.

É verdade que Jackson perdeu espaço dentro do partido por não apoiar seu correligionário Michel Temer em sua empreitada golpista em 2016, mas é mais verdade ainda que o MDB precisa dele para não consolidar sua caminhada à insignificância política no Estado de Sergipe. Sem Jackson, restará ao MDB assistir às vitórias alheias.


*Originalmente publicado no portal JL política.




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