top of page
  • Instagram
  • Twitter
  • Foto do escritorAndré Carvalho

Sem apresentar projeto para Aracaju, PV e PCdoB tentam atrapalhar pré-candidatura do PT

O cenário político para o campo de esquerda está claro para a capital sergipana, ou coloca o bloco na rua, ou se associa com o projeto neoliberal comandado por Fábio Mitidieri (PSD) e Edvaldo Nogueira (PDT) e deixa de ser esquerda. Pelo conteúdo de uma nota emitida por PCdoB e PV de Aracaju, estes parecem optar pela segunda alternativa.


Apesar de as gestões de Fábio e Edvaldo comprovarem o descompromisso com um projeto de esquerda, há membros da Federação PT-PV-PCdoB com cargos nesses governos, inclusive o secretário de planejamento de Fábio Mitidieri, Julio Filgueira, é membro do PCdoB. A nota e a presença de filiados nesses partidos alimentam a sensação de que eles atuam para enfraquecer a candidatura do PT, com um possível desejo de apoiar os neoliberais de Sergipe. 


A nota fala sobre uma “necessidade de uma frente ampla”, entretanto, com quem esses partidos querem se aliar? Além da federação que compõem, só há o PSOL no campo progressista de esquerda em Sergipe, que não é citado na nota.


Em outro trecho, fala em “barrar a sanha fascista”, porém, não explicam como. Querem barrar ao lado do governador que elegeu a bancada bolsonarista em Sergipe? Barrarão com quem elegeu Laércio Oliveira (PP) para o senado? É fundamental deixar claro.


Os partidos se queixaram de que o PT lançou candidatos sem conversar com o PV e o PCdoB, assim como o PCdoB  fez ao lançar e retirar a pré-candidatura de Emerson (PCdoB) à prefeitura. Há poucos meses da eleição, a nota defende uma candidatura abstrata, sem nome ou rosto, para a eleição deste ano. A  vergonha de apresentar passa a impressão de que a pretensão não é boa.


O Sergipense procurou os diretórios dos dois partidos. O presidente estadual do PCdoB se limitou a afirmar que não debateram o assunto no diretório estadual. Ivânia Pereira (PCdoB), presidente municipal do PCdoB, que ocupa cargo na secretaria de Márcio Macêdo (PT), não retornou. O presidente do PV de Sergipe, Reynaldo Nunes, também não retornou.  


É importante deixar claro que, sem a federação, PV e PCdoB estariam sem acesso ao fundo eleitoral e, apesar do esforço nacional para manter um clima agradável, o PT possui 43 das 60 cadeiras do órgão deliberativo máximo da federação. Se esses partidos possuíssem projeto, seria legítimo o defender, mas a realidade é que não possuem nenhum pré-candidato e atacam repentinamente o direito de o PT disputar eleição.



bottom of page