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“Se você imagina nos cofres de Pirambu o estrago que se fez, imagina no cofre de Aracaju”, dispara Alessandro Vieira contra André Moura

Foto: reprodução

Em entrevista à Jovem Pan na última segunda-feira, o senador Alessandro Vieira (MDB) teceu críticas ao projeto de poder de André Moura (União) em Aracaju. O senador alertou para as denúncias relacionadas ao ex-deputado e considera que a entrada de Yandra de André (União) na disputa eleitoral de Aracaju um perigo para a capital.


O tom utilizado por Alessandro com André chama atenção pelo fato de ambos serem aliados do governador Fábio Mitidieri (PSD). No passado recente, Fábio chegou a falar que considera seu jeito de fazer política muito parecido com o de André, que possui imenso prestígio no agrupamento.


Podendo ser preterido por Mitidieri em favor de André na disputa ao Senado em 2026, Alessandro afirmou que a elegibilidade momentânea do ex-deputado é fruto de acordos nos quais confessou que "roubou dinheiro da prefeitura de Pirambu" e devolveu algum valor, resguardado por sigilo de justiça. O acordo livrou, segundo o senador, André Moura de passar 9 anos na cadeia. 


No entendimento dele, tem muita gente em Sergipe com medo de André “seja pela força do dinheiro, seja por qualquer outro motivo” e ressaltou que quem faz a gestão política, decide destinos de emenda, quem constrói os caminhos políticos de Yandra de André é o seu pai, colocando a prefeitura em risco caso Yandra obtenha exito: “vai ter uma interferência excessiva de uma forma de fazer política”, disparou o senador.


“Se você imagina nos cofres de Pirambu o estrago que se fez, imagina no cofre de Aracaju. Isso é lógico, é matemático. Então, esse é o risco maior que eu vejo e, por conta disso, faço essa observação. Até porque ninguém mais faz, por medo”, afirmou Alessandro.


Yandra entrou no discurso de Alessandro como uma liderança em construção que ainda não possui autonomia no seu fazer político, o que é compreensível inclusive pela forma como se elegeu, tendo substituído o pai, inelegível, na urna em 2022. A construção dessa imagem política de autonomia vem de “um leque de poderosos, espalhados em mais de um poder, que tentam fazer essa articulação para dar um lastro que não existe”.


Sobre a pré-campanha, Alessandro considera que o jogo não está sendo limpo, tendo um gritante desequilíbrio financeiro. “Hoje você vê uma campanha com claro abuso econômico por parte da deputada e seu pai” disparou o senador enumerando propagandas em ônibus, outdoors, programa de TV, mega eventos em bairros, estrutura profissional sem se saber de onde vem o dinheiro para bancar isso. “É muita gente gastando dinheiro com isso, é muito dinheiro! É uma campanha extremamente profissional!”, apontou Alessandro.


Sem questionar a justeza da crítica, resta ao senador também se questionar sobre sua contribuição no fortalecimento desse modelo político. Se incomoda com o som da rádio AM, mas está conectado na frequência FM — alusão à dobradinha André e Fábio em 2022. Bom refletir também quem Fábio escolheria ter ao lado entre Alessandro Vieira e André Moura. Rapidamente perceberá que a coragem política precisa ir além das entrevistas.


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