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  • Foto do escritorAndré Carvalho

Saída de Maria Mendonça da eleição municipal de Itabaiana alimenta a polarização entre Valmir de Francisquinho e Luciano Bispo

Foto: Assessoria

Nesta semana, a ex-prefeita de Itabaiana, Maria Mendonça (PDT) anunciou que o grupo da família Teles de Mendonça, liderado por ela, não participará, efetivamente, do pleito eleitoral deste ano. O anúncio se deu na Rádio Capital do Agreste, de propriedade de sua família. A decisão se deu numa conjuntura de deterioração do capital político da família e visa evitar o constrangimento de uma aliança com Luciano Bispo (PSD), rival de décadas.


Desde o rompimento com Valmir de Francisquinho (PL), Maria Mendonça encontra dificuldades para enfrentar a polarização entre Valmir e Luciano e disputar o poder no município. O primeiro teste de Maria se deu em 2018, quando disputou um mandato de deputada estadual enfrentando Luciano e Talysson Costa (PL), filho de Valmir.


Maria saiu de 43% dos votos para deputada estadual em Itabaiana, obtidos na eleição de 2014, para 15% em 2018. Luciano obteve 29% e Talysson 34%. Na eleição de 2020, a deputada enfrentou Luciano e Marcos Oliveira (PL), ficando novamente em terceiro na cidade e vendo seu desempenho eleitoral diminuir. Enquanto Marcos alcançou 33% e Luciano 27% dos votos, Maria alcançou apenas 10%.


Apesar de ainda representar uma força relevante na cidade, a capacidade de Maria se contrapor à polarização ficou prejudicada quando não alcançou a reeleição de deputada estadual em 2022. Evidentemente, caso o governador Fábio Mitidieri (PSD) tivesse interesse no futuro político de Maria, o agrupamento que domina o governo do estado poderia ajudá-la, mas ocorre exatamente o oposto. 


Para quem acompanha a política itabaianense era nítido que, caso Maria não subisse no palanque comandado por Luciano, pelos menos não atrapalharia. Aliados próximos de Maria, como o vereador Alex Henrique (PP), e a rádio de propriedade da família adotam um tom elogioso aos possíveis candidatos do grupo de Luciano e a figuras que outrora eram rivais.


Alex Henrique, único vereador do grupo em Itabaiana, concedeu entrevista no início do ano afirmando que seria possível Maria subir no palanque de Luciano, desde que a campanha usasse o nome do governador como “padrinho” do candidato. À época, o Sergipense entrou em contato com a ex-prefeita e foi nítido o desconforto dela com a possibilidade de apoiar ativamente um candidato de Luciano Bispo.


Com a saída do grupo liderado por Maria, fica a dúvida sobre para qual grupo se encaminharão seus pré-candidatos. A saída fortalece a polarização política no município, encerrando um ciclo de décadas no qual a família dos Teles de Mendonça influenciaram fortemente os rumos políticos da capital do interior sergipano.


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