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Foto do escritorsergipense.

“Rainhas africanas: Njinga”, a história de uma rainha que ajuda a entender o Brasil


rainhas africanas netflix
Foto: reprodução Netflix

Lançada neste mês, a série Rainhas africanas conta a história da monarca Njinga Mbandi e leva o brasileiro a encarar algumas das raízes violentas da formação do nosso país. Njinga governou o território do Dongo e da Matamba, que hoje correspondem a Angola, e lutou contra a escravização do seu povo pelos pelos insaciáveis portugueses.


Njinga viveu no século XVII e além de governante, era notável pelas habilidades militares e diplomáticas. Enfrentou, intercalando vitórias e derrotas, os portugueses numa guerra altamente desproporcional, conquistando o reconhecimento formal do seu trono pelos portugueses, fato inédito para uma monarca da região.


A exploração e invisibilização das vidas do povo de Njinga era legitimada, no discurso, pelo uso do racismo religioso. O papa e as realezas européias usavam como argumento a conversão religiosa daqueles que chamavam de pagãos africanos para tentar legitimar a atividade que tinha como real fim o enriquecimento através da escravidão.


Segundo o site da Fundação Palmares, soldados dos exércitos de Njinga ajudaram a construir táticas de resistência que influenciaram o surgimento de quilombos, como Palmares. A série conta com produção executiva de Jada Pinkett Smith e trará em sua segunda temporada a história da rainha Cleopatra. “Rainhas africanas” se constrói sob um olhar afrocentrado e conta com depoimentos de especialistas negros sobre a história de Njinga.


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