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PT e PSOL: uma aliança possível e necessária para a esquerda em Aracaju


Foto: Flickr Eliane Aquino

A Grande Aracaju concentra quase 34% do eleitorado sergipano. A capital possui sozinha mais de 25%. São 423.641 eleitores em Aracaju, uma força política impossível de ignorar nas eleições estaduais. Trabalhar desde já a formação de alianças é fundamental para a esquerda não ser engolida em Sergipe.


A conjuntura em Aracaju não tem se direcionado para um formato confortável para a esquerda disputar a prefeitura no ano que vem. Em 2022, Valmir de Francisquinho (PL) foi de longe o candidato ao governo mais votado na capital e os três candidatos mais votados ao senado também estavam à direita, demonstrando uma aproximação do espectro com o eleitorado da capital.


Reverter a presença na capital em 2024 é fundamental para que a esquerda sergipana tenha fôlego para bater de frente com o projeto de poder de Fábio Mitidieri (PSD) em 2026. A eleição de 2024 pode ser uma janela de oportunidade para ampliar a aproximação que ocorreu no segundo turno de 2022 entre o PSOL e o PT - com exceção da deputada Linda Brasil (PSOL) que, no sentido oposto do partido, publicou vídeo declarando não seguir o entendimento do partido e lançando críticas ao candidato petista.


Dos partidos de esquerda em Aracaju, com exceção do PDT que está na aliança de centro-direita do governo estadual, apenas PT e PSOL possuem condições de apresentar nomes competitivos ao Executivo Municipal da capital e, caso optem por ir às ruas separados, é possível que sequer cheguem ao segundo turno.

Foto: Janaína Santos

No PSOL, há o nome do professor Iran Barbosa, que deixou o PT no ano passado, após décadas de construção política no partido. Iran foi o segundo mais votado em Aracaju para deputado estadual em 2022 e possui um bom histórico eleitoral na capital. Tendo sido o vereador mais votado de Aracaju em 2012 e 2016, com 7.808 votos e 8.809 votos respectivamente.


No PT, o nome de Eliane Aquino desponta com maior destaque. Foi vice-prefeita de Aracaju ao lado de Edvaldo Nogueira (PDT), vice-governadora ao lado de Belivaldo Chagas (PSD) e foi a candidata a deputada federal mais votada da capital em 2022, com 28.285 votos.


Iran e Eliane são nomes que estão na memória do eleitor Aracajuano e que possuem condições de formar uma chapa capaz de consolidar uma aliança programática entre PSOL e PT para as próximas eleições, com grande possibilidade de êxito eleitoral em 2024.


Uma possível aliança entre dois partidos com as características do PSOL e do PT, mesmo que ideologicamente próximos, nunca é fácil, porém, demonstra ser um caminho recomendável caso ambos queiram combater o notório crescimento eleitoral da direita em Sergipe. Essa aproximação entre os partidos ocorre no estado de São Paulo, não sem resistência, mas demonstrando um caminho benéfico para os planos eleitorais dos dois partidos naquele estado.


Há outros nomes no PT e no PSOL capazes de liderar chapas, mas que não trariam ganhos políticos como uma união entre Iran Barbosa e Eliane Aquino. Linda Brasil não conseguiria atrair apoio fora de seu grupo imediato e Márcio Macêdo possivelmente não conseguiria atrair o eleitorado, como ocorreu em 2020.


Pensar numa organização no sentido da criação de uma frente de esquerda em Aracaju e em Sergipe é uma das formas de driblar a frente de centro-direita que está sólida e se ampliando no estado. Resta saber se as lideranças políticas desses partidos aceitam sair de suas zonas de conforto para dar início a uma reação em Sergipe.





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