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PSB de Sergipe rasga legado histórico e abre as portas ao bolsonarismo em busca de poder

  • Foto do escritor: André Carvalho
    André Carvalho
  • há 16 horas
  • 2 min de leitura
Foto: assessoria PSB/SE
Foto: assessoria PSB/SE

O recente encontro do PSB em Sergipe, com a presença do presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, passou quase despercebido no estado – e não por acaso. O evento escancarou um partido cada vez mais distante das bases militantes, refém de arranjos espúrios e divorciado de qualquer compromisso ideológico.


A foto do evento mostra um retrato altamente lamentável do Partido Socialista Brasileiro em Sergipe: o partido que há pouco se livrou do domínio da família Valadares agora se entrega aos interesses do clã Mitidieri. Restam poucos nomes que ainda carregam alguma identidade socialista, como o vereador Elber Batalha – representando uma fagulha de preservação da identidade partidária.


Contrastando com o exemplo de Elber, na mesma mesa em que o vice-presidente da República e o presidente nacional do PSB discursavam, destacava-se o vereador Rodrigo Fontes, bolsonarista declarado e agora cotado para ser candidato do partido à Câmara Federal. O mesmo PSB que grita “Arraes, guerreiro, do povo brasileiro”, em homenagem a Arraes, perseguido pela ditadura, agora abre espaço para quem aplaudiria seus algozes.


Além de Rodrigo Fontes, há nomes que integram e estão sendo convidados a integrar o partido que não representam um futuro auspicioso para o PSB, exceto se querer o poder pelo poder for o objetivo. O caminho que o PSB tem trilhado em Sergipe afasta o verdadeiro militante de esquerda e joga o partido num processo deplorável de “emedebização” - ou “pessedização”.


"Prefiro ir pra cadeia a trair o povo", bradou Arraes ao ser deposto pela ditadura. Décadas depois, o PSB sergipano parece ter cunhado seu próprio lema: "Prefiro trair a história que ficar sem cargo".


Uma construção baseada, mesmo que minimamente, no compromisso programático e ideológico é um caminho mais difícil do que os atalhos oferecidos nessas negociatas vazias de princípios, mas é o único caminho para manter vivo, de verdade, o partido. Enquanto confunde oportunismo com crescimento, o PSB vai se asfixiando em Sergipe e virando um partido sem alma enquanto acha que está se salvando. 


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