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Foto do escritorAndré Carvalho

Prefeito de Aracaju terá pouca influência na escolha do candidato do grupo governista à sua sucessão


Foto: Ana Lícia Menezes

Dos 1.673.920 eleitores sergipanos cadastrados no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 423.641 estão registrados em Aracaju, mais de 25% do eleitorado sergipano. A visualização dos números explicam facilmente a importância de se posicionar na política aracajuana e a centralidade dela nas eleições estaduais.


O bloco governista de Fábio Mitidieri (PSD) tem demonstrado compreender bem a importância de manter sob seu domínio a máquina governista municipal. O grupo de Fábio Mitidieri conta com a presença do atual prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), e da derrotada no segundo turno de 2020, Danielle Garcia (Podemos), o que os colocam numa posição de boa competitividade em Aracaju.


Outros nomes, que já apareceram em textos anteriores do Sergipense, também compõem um leque de opções para disputar o Executivo municipal pelo grupo, como Belivaldo Chagas (PSD), Nitinho Vitale (PSD), Katarina Feitoza (PSD), Zezinho Sobral (PDT), Fabiano Oliveira (PP), Yandra de André (UB), Rodrigo Valadares (UB) e nomes menos competitivos associados ao prefeito Edvaldo Nogueira.


Publicamente, o governador sinaliza que a decisão acerca do nome que disputará com o apoio do seu bloco sairá de um processo liderado pelo atual prefeito da capital, entretanto, há um sentimento geral de que a prática não repetirá o discurso. Edvaldo não conta com a confiança irrestrita de diversas lideranças do agrupamento e já vê “aliados” dificultarem sua governabilidade na Câmara Municipal de Aracaju.


O contínuo enfraquecimento político de Edvaldo Nogueira que vem ocorrendo na Câmara de Aracaju é um dos mecanismos em curso para minar a capacidade do prefeito da capital determinar um nome “seu” como candidato em 2024. A Edvaldo, caberia apenas identificar qual nome que agrade André Moura (UB), Laercio Oliveira (PP) e Fábio Mitidieri teria mais condições de assegurar alguma força política após entregar o comando do Poder Executivo da capital.


As movimentações em torno do nome do agrupamento na capital são centrais devido à importância de Aracaju no segundo turno de 2022. Desde a pré-campanha, o interior sergipano parecia ser o eleitorado tido como mais garantido para a eleição de Fábio Mitidieri, entretanto, foi a capital que lhe garantiu a eleição. Deixar esse eleitorado “nas mãos” de alguém que o governador e seus principais aliados não possuem total confiança não é uma opção.


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