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Foto do escritorAndré Carvalho

Prefeita de Aracaju agradece recebimento de joias no estilo ‘arroba’ de influenciadoras

Reprodução

Mal assumiu o cargo, a prefeita Emília Corrêa (PL) já tem dado exemplos preocupantes ao povo de Aracaju. Demonstrando aparente falta de compreensão sobre os limites e responsabilidades que acompanham o exercício do poder, a nova chefe do Executivo municipal utilizou as redes sociais para agradecer, em um tom típico de influenciadoras digitais, os presentes que recebeu de empresas locais.


Entre os itens recebidos, destacam-se joias oferecidas por uma joalheria aracajuana. Ignorando o fato de que aceitar presentes de alto valor é eticamente questionável para quem ocupa o cargo de prefeita, Emília exibiu broches, brincos, corrente e anel, que afirmou serem um mimo da empresa. O vídeo com a exibição das joias foi publicado no perfil do Instagram da própria joalheria.

Em outro vídeo, a prefeita divulgou a loja responsável pelo vestido usado na cerimônia de posse, realizada no dia 1º de janeiro. O conteúdo começa com uma abordagem familiar para quem acompanha postagens patrocinadas de influenciadoras, mencionando que "muitos seguidores" estavam curiosos sobre a origem do vestido, seguido de uma promoção direta da marca.


Embora essas ações sejam comuns no universo das blogueiras — que frequentemente recebem produtos como cortesia em troca de publicidade —, quando partem de uma autoridade política, assumem um tom, no mínimo, constrangedor. O recebimento de presentes de empresários, cujas atividades podem eventualmente ser impactadas pelas decisões governamentais, levanta sérias questões éticas.


Casos recentes deveriam servir de exemplo para evitar situações como essa. Um deles é o episódio envolvendo Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, correligionários de Emília, que enfrentaram investigações e repercussões legais após o recebimento de joias durante o período em que ocupavam o Palácio do Planalto.


Mesmo sendo nova no cargo, espera-se que Emília, formada em Direito, tenha plena consciência das responsabilidades éticas e morais de uma gestora pública. Suas ações, contudo, lançam dúvidas sobre sua conduta e levantam preocupações legítimas sobre o impacto dessas relações com empresas locais na credibilidade de sua administração.


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