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PF indicia ex-assessores de Belivaldo Chagas por manipulação eleitoral contra Rogério Carvalho

Foto: Janaína Santos

O acesso à informação é um dos pilares de um sistema democrático, sendo fundamental o rechaçamento, na democracia, de todo e qualquer tipo de desinformação e disseminação de “fake-news”. Em eleições, o uso de desinformação fere frontalmente a democracia e corrompe o direito do cidadão de decidir os rumos dos do Estado. Segundo inquérito da Polícia Federal, o uso de mecanismos obtusos foi realizado em Sergipe contra a campanha ao governo de Rogério Carvalho (PT).


Segundo o documento, enviado à Justiça Eleitoral, ao menos três compunham um gabinete para a fabricação e disseminação de conteúdos manipulados durante o pleito de 2022 em Sergipe. Sob a liderança do ex-superintendente de comunicação do governo de Belivaldo Chagas (PODEMOS) e atual gerente de marketing e comunicação do SEBRAE/SE, Gilvaldo Ricardo de Freitas, o grupo atuou com o intuito de descredibilizar junto ao eleitor o candidato do PT em Sergipe.


O “gabinete do ódio sergipano”, segundo a PF, funcionava com Givaldo Ricardo financiando a operação e dando a palavra final sobre as atividades, enquanto Carlos José Walter Oliveira Costa dava diretrizes do conteúdo e demandava diretamente o designer Rodrigo Leão Nogueira dos Santos.


Além de produzirem conteúdos para a página “Belivas Retado” no instagram, o trio, segundo a PF, foi responsável por manipular áudios para criar um arquivo novo, sem lastro na realidade. O objetivo era interferir na eleição a partir da manipulação de áudios de Lula (PT) com o fim de levar ao eleitor que o atual presidente não gostaria que Sergipe elegesse o candidato do seu próprio partido, Rogério Carvalho, ao governo estadual, em benefício a Fábio Mitidieri (PSD).


O áudio passou por perícia, sendo concluído que foi montado a partir de trechos de falas de  Lula, editado em software profissional e acondicionado numa pasta com o curioso nome “Belivas/Lula rogerio não”. “O processo de edição envolveu pós-produção, tipicamente utilizado com o objetivo de deixar as edições mais realistas e mais difíceis de serem percebidas. Sendo utilizados quatro arquivos de áudio, sendo dois deles para ambientação de ruído de fundo", aponta o documento.


É grave e preocupante que mecanismos desonestos afastem a democracia do justo debate, sendo importante que o eleitor esteja atento aos políticos que atuam sem a devida ética na busca pelo poder e que o Judiciário seja duro na punição. Aqueles que não possuem compromisso com as bases democráticas não merecem participar da vida pública.

O Sergipense se mantém aberto às defesas dos envolvidos.


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