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Pesquisa IFP aponta direita fortalecida em Aracaju e campo de esquerda apresenta dificuldades


Foto: Gilton Rosas

O Instituto França de Pesquisas (IFP) divulgou nesta quarta-feira, 1 de novembro, pesquisa sobre a intenção de votos dos cidadãos aracajuanos para a eleição do próximo ano ao Executivo da capital. A pesquisa demonstra um cenário aberto, com pouca definição de candidaturas.


A pouco menos de um ano para a eleição municipal de 2024, o IFP mediu a popularidade de 24 nomes junto ao eleitorado aracajuano. Na pesquisa, além do cenário espontâneo, foi apresentado ao eleitorado um cenário induzido com todos os nomes e 9 cenários induzidos simulando possíveis configurações.


O número de nomes pesquisados é resultado da pulverização de pré-candidaturas sem que os partidos ou grupos tenham definido suas apostas.


No cenário espontâneo, a vereadora Emília Corrêa (Patriota) lidera com mais que o dobro do segundo colocado, Edvaldo Nogueira (PDT), que não pode concorrer novamente à reeleição. Emília aparece com 15,4% e Edvaldo com 7,6%. Ambos os nomes são conhecidos pelo eleitorado da capital, tendo acumulado candidaturas.


Ainda no espontâneo, Yandra de André (UB) aparece com 4,3%, seguida por Danielle Garcia (PODE) e Katarina Feitoza (PSD) com 3,4%. Eliane Aquino (PT) marcou 2,6%, Luiz Roberto (PDT) 2,1%, Fabiano Oliveira (PP) 1,7%, Linda Brasil (PSOL) 1%, Ricardo Marques (Cidadania) 1%, Eduardo Amorim (PL) 0,6%, Garibalde Mendonça (PDT) 0,4%, Rogério Carvalho (PT) 0,4%, Valmir de Francisquinho (PL) 0,4%, Capitão Samuel (PP) 0,2%, Gilmar Carvalho (PL) 0,2% e Ricardo Vasconcelos (REDE) 0,2%. Nenhum 1% e não sabe 53,2%.


O IFP também decidiu avaliar, de forma induzida, a intenção de votos num cenário geral, dessa forma, membros dos mesmos partidos aparecem no levantamento, não sendo uma possibilidade na eleição, quando cada partido poderá lançar apenas 1 candidato à prefeitura. A liderança de Emília se repete na induzida geral, marcando 26,2%. Duas delegadas seguem a lista, Danielle Garcia 15,1% e Katarina Feitoza 12,3%. Yandra de André 8,7%, Eliane Aquino 6,1%, Fabiano Oliveira 4,5%, Luiz Roberto 4,4%, Linda Brasil 4,3%.


Rogério Carvalho aparece com 2,4%, Márcio Macêdo (PT) 1,5%, Zezinho Sobral (PDT) 1,3%, Candisse Carvalho (PT) 0,9%, Nitinho (PSD) 0,8%, Jorginho Araújo (PSD) 0,6%, Ricardo Vasconcelos 0,6%, Niully Campos (PSOL) 0,4%, Jeferson Passos (PDT) 0,2%. Nenhum, branco ou nulo 1,5% e não sabe ou não respondeu 7,3%.


Tanto o cenário espontâneo, quanto o induzido geral, demonstram candidaturas à direita melhor posicionadas em relação às de esquerda. Apenas Emília Corrêa aparece com índices confortáveis em ambos os cenários. No induzido geral, o nome de esquerda melhor posicionado aparece atrás de 4 nomes da direita, com diferença de 20 pontos percentuais em relação à primeira.


Nos cenários induzidos mais factíveis, nos quais não há mais de um candidato de cada partido, a liderança isolada de Emília começa a ser ameaçada pela capilaridade política das máquinas governistas do governo municipal da capital e do governo do estado.


Cenários induzidos


O cenário induzido 1 traz Emília Corrêa com 34,3%, Katarina Feitoza 31,9%, Yandra de André 17%, Márcio Macêdo 4,7% e Niully Campos 0,8%. Nenhum, branco ou nulo 6% e não sabe ou não respondeu 5%.


No segundo cenário induzido, Emília Corrêa marca 38,3%, Yandra de André 18,5%, Linda Brasil 11,3%, Candisse Carvalho 6,9% e Luiz Roberto 5,3%. Nenhum, branco ou nulo 10,3% e não sabe ou não respondeu 9,1%.


Já o terceiro cenário induzido traz somente mulheres, nele, Emília Corrêa pontua 35,4%, Danielle Garcia 31,3%, Eliane Aquino 13,1% e Linda Brasil 8,7%. Nenhum, branco ou nulo 2,6% e não sabe ou não respondeu 8,7%. O quarto cenário substitui Danielle por Katarina Feitoza, fazendo com que Emília alcance 38,9%, sendo seguida por Katarina com 28%. Eliane desce para 11,9% e Linda Brasil 8,9%. Nenhum, branco ou nulo 3,4% e não sabe ou não respondeu 8,7%.


O quinto cenário induzido aponta uma vitória de Emília Corrêa no primeiro turno, alcançando 45,5% dos votos totais e cerca de 56% de votos válidos, quando se exclui branco, nulo, não sabe ou não respondeu. Eliane Aquino marca 20,7%, Luiz Roberto 8,6% e Niully Campos 4,1%. Nenhum, branco ou nulo 7,8% e não sabe ou não respondeu 13,2%.


Uma vitória de Emília em primeiro turno também é apontada no sexto cenário induzido. Emília Corrêa 49,7% (63% de votos válidos), Linda Brasil 14,3%, Márcio Macêdo 11%, Jeferson Passos 3,3%. Nenhum, branco ou nulo 7,8% e não sabe ou não respondeu 13,6%.


No sétimo cenário induzido, Emília Corrêa marca 36,8%, Danielle Garcia 33%, Linda Brasil 10,2% e Rogério Carvalho 7,6%. Nenhum, branco ou nulo 3,9% e não sabe ou não respondeu 8,3%.


O oitavo cenário induzido é o único que não traz Emília Corrêa, nele, Yandra de André marca 26,3%, Fabiano Oliveira 20,2%, Candisse Carvalho 7,6% e Niully Campos 5,2%. Nenhum, branco ou nulo 20,6% e não sabe ou não respondeu 20%.


No nono e último cenário induzido, Emília Corrêa marcou 53,2% dos votos totais, mais do que suficientes para uma vitória em primeiro turno. Rogério Carvalho 12,3%, Luiz Roberto 6,3% e Niully Campos 3,4%. Nenhum, branco ou nulo 8,9% e não sabe ou não respondeu 15,6%.


Análise


Nos cenários trabalhados, os nomes femininos e de direita se saíram melhor do que os masculinos e do que os de esquerda, mesmo que femininos. Danielle Garcia e Katarina Feitoza se mostraram competitivas e capazes de se aproximarem de Emília Corrêa, desempenho que não se viu com Yandra de André, apesar de ser um nome feminino de direita. Mesmo quando Yandra foi inserida num cenário mais favorável ao seu crescimento, seu nome não conseguiu ameaçar Emília.


Os nomes de esquerda não conseguiram ameaçar a liderança de Emília Corrêa ou garantir vaga num segundo turno nos cenários induzidos, mesmo se somássemos os índices de todos os candidatos de esquerda de cada cenário. O resultado negativo para a esquerda pode ser fruto da letargia política que tomou conta do campo em relação a ocupar o debate e construir pré-candidaturas para 2024.


Emília Corrêa, além do histórico eleitoral, ganhou grande visibilidade ao sair vice-governadora na chapa de Valmir de Francisquinho e está na vereança da capital, colocando-a no debate diário. Assim como Emília, Danielle Garcia, Katarina Feitosa e Yandra de André estão, cada uma no seu estilo, buscando ocupar o debate político e fazem parte do grupo político à frente dos governos de Aracaju e Sergipe.


Uma surpresa na pesquisa foi o desempenho de Candisse Carvalho, que se colocou na disputa há menos de um mês, e já conseguiu índices capazes de superar políticos já testados nas urnas como o vereador Nitinho e o secretário Jorginho Araújo. A pesquisa abona o projeto da petista na busca de representar o projeto de oposição do partido.


O IFP avaliou também a rejeição. O método do instituto é pela escolha única, ou seja, apesar de o eleitor poder rejeitar mais de um candidato, na pesquisa, ele poderá falar apenas um. Os nomes de esquerda aparecem na liderança de rejeição, iniciando com Rogério Carvalho com 20,4%, Linda Brasil 7,8%, e Márcio Macêdo 7,6%.


A lista de rejeição segue com Fabiano Oliveira 5,2%, Yandra de André 5%, Nitinho 4,3%, Danielle Garcia 3,2%, Niully Campos 2,6%, Jorginho Araújo 2,1%, Luiz Roberto 1,9%, Katarina Feitoza 1,7%, Eliane Aquino 1,7%, Emília Corrêa 1,7%, Candisse Carvalho 1,7%, Jeferson Passos 1,5% e Ricardo Vasconcelos 1,3%. Nenhum, branco ou nulo 2,8% e não sabe ou não respondeu 26,9%.


A pesquisa reforça o favoritismo de Emília Corrêa, entretanto, demonstra que sua liderança dependerá principalmente de quais candidaturas serão apresentadas pela base governista. Apesar da vitória de Lula (PT) nos dois turnos de 2022, a esquerda não conseguiu demonstrar força para fazer frente ao peso da direita e dos governistas em todos os cenários, demonstrando necessidade urgente de que se reforce os esforços pela disputa do debate público da capital.


Foram ouvidos 850 eleitores entre os dias 25 e 27 de outubro. A margem de erro é 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.


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