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Foto do escritorAndré Carvalho

O marketing de Danielle Garcia não apaga apoio a Jair Bolsonaro em 2022

Foto: Graccho

Ser progressista implica em não compactuar com nenhum movimento político que ameace a existência de minorias políticas e, ao contrário, é defender ativamente suas liberdades e direitos. No governo de Jair Bolsonaro (PL), testemunhamos o ápice do retrocesso, com uma necropolítica reacionária. Apesar desse contexto, a atual candidata à prefeitura de Aracaju, Danielle Garcia (MDB), optou por apoiar esse projeto.


Em 2022, Danielle declarou publicamente, em coletiva e entrevistas, seu voto na reeleição de Bolsonaro. Contudo, nesta eleição, sua campanha adota uma estética jovem e moderna, com um discurso de acolhimento às minorias e cercada de figuras que se identificam como progressistas. Mas não há acolhimento genuíno sem um sólido compromisso político. E esse compromisso se desfaz quando alguém defende um projeto político cuja sustentação se dá no reacionarismo.


Danielle Garcia construiu sua trajetória política associada ao bolsonarismo e ao lavajatismo, tendo inclusive feito parte do (des)governo Bolsonaro. Sob essa gestão, políticas fundamentais, como a “Casa da Mulher Brasileira”, foram sucateadas; a vida humana foi banalizada durante a pandemia de COVID-19; e uma tentativa de golpe contra a democracia foi perpetrada. Na área ambiental, o país ainda sofre as consequências da devastação promovida pelo bolsonarismo, com promessas de impunidade a grileiros desde 2018.


Os danos causados pelo bolsonarismo são amplamente conhecidos, mas é crucial lembrar aos eleitores que a imagem bem-construída de uma candidatura não pode apagar seu conteúdo ideológico. Quando uma política, mesmo após o caos do governo Bolsonaro, vai às urnas em 2022 e recomenda a recondução desse projeto, isso revela mais sobre sua visão política e as direções que tomaria como gestora do que qualquer marketing moderno e "simpático" nas redes sociais.


O Sergipense vem alertando há meses sobre a presença do bolsonarismo em diversos palanques na capital: seja o de Emília Corrêa (PL), Yandra de André (União), Danielle Garcia (MDB) ou Luiz Roberto (PDT), cujo vice é um notório bolsonarista. Essa visão ideológica já demonstrou seus riscos, e é essencial que os eleitores saibam claramente com quem essas candidaturas estão alinhadas para que possam tomar suas decisões de maneira consciente.


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