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“Nessa briga estou com Dani”, afirma Fábio Mitidieri sobre atritos entre Jackson Barreto e Danielle Garcia

Foto: @fabiogov

Embates recentes entre os emedebistas Jackson Barreto e Danielle Garcia esquentaram os bastidores da política e trouxeram mais um ponto de tensão ao grupo governista. Se Jackson aponta Danielle como um “Cavalo de Troia”, os membros do grupo parecem valorizar a participação da delegada no agrupamento.


Um dos primeiros eventos de retomada das disputas entre Jackson e Danielle aconteceu no anúncio de apoio de Valadares Filho (Solidariedade) a Luiz Roberto (PDT). Questionado pela repórter Magna Santana sobre a candidatura de Danielle, o ex-governador desdenhou e afirmou não ter tomado conhecimento e afirmou que estava ali buscando um candidato com “compromisso histórico com as forças progressistas”. No mesmo evento, Edvaldo Nogueira (PDT) externou a expectativa e torcida para que Danielle fosse vice na chapa de Luiz, deixando claro que a expectativa de Jackson em relação ao palanque, ou mesmo o esforço retórico, não teria fôlego perante a realidade. 


Recentemente, em entrevista a Rio FM, Jackson disparou críticas à correlegionária. Segundo Jackson, Danielle é inexpressiva e, por isso, não merecia sua atenção. Chamando-a de “Cavalo de Troia” do grupo, comemorou que ela recebeu dos partidos o ostracismo e o isolamento merecidos. Se Jackson assim considera, não é assim que vê Edvaldo Nogueira e Fábio Mitidieri (PSD).


Estrategicamente, Danielle respondeu às falas de Jackson recomendando que perguntassem ao governador o que ele achava das declarações. Assim o fez Narciso Machado, no que Fábio responde prontamente: “nessa briga estou com Dani”. Fábio ponderou ao afirmar que mantém respeito por Jackson, mas preferiu não tangenciar, se Jackson a vê como inexpressiva, o governador acredita que a delegada é “um ativo muito importante da política sergipana, desses novos quadros”.


Cabe ressaltar que em 2022 Jackson rompeu ligações políticas com o agrupamento governista por ser preterido à disputa ao senado e identificar no grupo governista um descompromisso com a eleição do presidente Lula (PT). Naquele ano, Edvaldo Nogueira fez palanque no primeiro turno para Ciro Gomes (PDT) e criticou a polarização nacional, chegando a receber na capital o seu candidato à presidência. Durante o segundo turno, Edvaldo declarou apoio a Lula, porém, sem ocupar as ruas pela eleição do petista. Naquela eleição, o grupo governista elegeu o senador bolsonarista Laércio Oliveira (PP) e mais 6 deputados federais de direita ou centro-direita.  


Infelizmente, Jackson hoje se coloca a apoiar um palanque que, diferentemente da afirmação dele, não mais tem compromisso com o campo progressista e que sequer se esforça para preservar a imagem do comunista que desafiou a ditadura brasileira. No palanque que Jackson está, não há resquício de lulismo, algo central no discurso do ex-governador. O que existe é uma chapa que apoiou Ciro Gomes e Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno de 2022 e que não se direciona a construir uma plataforma popular que vá em consonância com a expectativa ideológica expressa por Jackson.



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