top of page
  • Instagram
  • Twitter
Foto do escritorAndré Carvalho

Márcio Macêdo acumula desgastes internos e deixou de ser recebido para reuniões oficiais exclusivas com Lula, aponta Folha

Foto: Graccho

O baiano Márcio Macêdo (PT) voltou a ser destaque nacional. Reportagem da Folha de São Paulo evidencia que o ministro continua perdendo espaço no governo, acumulando críticas de parlamentares e chegou a ganhar a alcunha de “Zé Gotinha” — personagem que faz figuração.


Márcio Macêdo é o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência e costuma figurar em setores da imprensa próximos ao governador Fábio Mitidieri (PSD) como um dos mais importantes e influentes ministros do governo Lula (PT), entretanto, essa não é a percepção de quem acompanha mais atentamente a política nacional. Segundo a Folha, em matéria publicada nesta terça-feira, 25, Macedo continua acumulando desgastes internamente.


A reportagem levantou que, conforme a agenda oficial, desde o 1º de maio o ministro não é recebido pelo presidente para reunião exclusiva. A data marca a última crítica pública de Lula sobre o trabalho de Márcio, quando o presidente foi exposto a um evento em alusão ao dia do trabalhador completamente esvaziado e culpou o ministro pelo fracasso. 


Relatos dos assessores do presidente, trazidos pela reportagem, afirmam que Macêdo “não é mais consultado para pautas centrais do núcleo de governo”. Além disso, o ministro tem sido alvo de críticas por parte de parlamentares do PT. Da bancada, ganhou o apelido de Zé Gotinha, personagem que faz figuração em campanhas de vacinação.


Dos parlamentares do PT de Sergipe, o ministro parece não contar com muita simpatia. A Folha trouxe em maio detalhes de reunião na qual o ministro havia sido alvo de críticas, naquela ocasião, o deputado João Daniel (PT) teria reclamado de perseguição e de humilhação efetuadas por Márcio contra ele. 


O mau desempenho de Márcio Macêdo no campo político e social, ainda segundo o jornal, teria retirado o nome do ministro da lista de sucessão na presidência do PT, hoje comandado por Gleisi Hoffmann (PR).


Apontado como “uma pincelada branca numa parede branca” pela jornalista Natuza Nery, Márcio tem conseguido desperdiçar a grande oportunidade de sua carreira política. Não tem se destacado em nenhuma mobilização social e não ocupa destaque nos debates da sociedade. Na ausência de holofotes do próprio trabalho, se destaca por ser “amigo de Lula”.


Infelizmente, o baiano, que fez carreira política em Sergipe, não conseguiu crescer seu capital político no estado ou favorecer o campo de esquerda. Em vez de fortalecer o PT e demais partidos de esquerda, comprou desgaste com o campo investindo numa relação política com a centro-direita que governa o estado. Apesar disso, não é esperado que o ministro saia do seu cargo antes da reforma ministerial, que deverá acontecer após as eleições deste ano.


0 comentário
bottom of page