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  • Foto do escritorAndré Carvalho

Itabaiana: Valmir de Francisquinho tira Luciano Bispo da zona de conforto


Foto: Jadilson Simões

Em 2022 a política itabaianense ganhou destaque em todo estado, quando Valmir de Francisquinho, PL, assumiu o protagonismo da eleição ao governo de Sergipe. Impedido por um imbróglio judicial de ter seus votos validados, não conseguiu ascender ao governo do estado mas abalou as estruturas políticas de Itabaiana.


Com o destaque de Valmir, Luciano Bispo, PSD, se sentiu na obrigação de tentar um destaque a nível estadual, o que não conseguiu fazer durante os anos em que presidiu a Alese. Ao passar a presidência para Jeferson Andrade, PSD, Luciano anunciou que trabalhará para ser candidato ao senado pelo MDB em 2026.


Ao dar publicidade aos seus desejos, Luciano expôs a dificuldade que tem enfrentado para ser visto e compreendido como um líder capaz de acompanhar os passos que seu adversário local tem dado na política sergipana. Luciano se colocou para uma disputa na qual provavelmente não cabe, em um partido que também não tem controle.


Mesmo que 2026 esteja longe, dificilmente Luciano Bispo conseguiria ganhar corpo dentro do agrupamento governista para superar nomes como Alessandro Vieira, PSDB, André Moura, UB, Edvaldo Nogueira, PDT, Danielle Garcia, Podemos, Belivaldo Chagas, PSD, e outros. Com uma lista repleta de nomes competitivos no estado, dificilmente Luciano convenceria o grupo a deixá-lo tentar uma vaga.


Nem mesmo o partido pelo qual Luciano anunciou desejar disputar o senado parece factível para ele. Hoje, o MDB em Sergipe está sob o comando de Sérgio Gama e há movimentações nos bastidores para que, até mesmo em Itabaiana, o partido não tenha vínculos com o deputado estadual.


Enquanto Luciano encontra dificuldade para se destacar na política estadual, Valmir é um nome levantado para disputar ou indicar candidato nas principais cidades sergipanas. Na grande Aracaju, Valmir obteve grande votação e ainda demonstra ter influência, enquanto Luciano Bispo não chega a ter relevância sequer para eleição de vereador na capital.


Quem é de Itabaiana, assim como eu, sabe que o itabaianense se orgulha da grandeza do seu povo, um político que obtém relevância no estado acaba se beneficiando na cidade, por isso a tentativa de Luciano de correr atrás do prejuízo. As últimas eleições demonstraram que dificilmente alguém conseguirá fazer frente à liderança de Valmir em Itabaiana.


O impedimento jurídico de Valmir na última eleição fez Luciano respirar aliviado, e a vitória de Fábio Mitidieri, PSD, fez com que surgisse uma esperança de maior prestígio de Bispo e seu agrupamento no governo Mitidieri - o que passou longe de se tornar realidade. No campo da frustração, em uma escala maior, se encaixa outra itabaianense: Maria Mendonça, PDT.


Maria, com a aliança feita com o bloco governista, acabou ficando num partido fraco, que não conseguiu garantir sua reeleição. Sem conseguir espaço no governo Mitidieri, Maria viu os planos do seu agrupamento manter alguma relevância para ir pelo ralo. Pelas condições atuais, Maria e seus apoiadores só conseguirão eleger um vereador na capital do agreste.


A conjuntura que se coloca e as últimas votações vistas em Itabaiana apontam que dificilmente o grupo de Valmir passará apertos em 2024. Com Valmir relevante na política estadual e o prefeito Adailton Sousa, PL, tendo uma gestão com boa aprovação na cidade é pouco provável que Luciano, que possui dificuldade em encontrar um nome minimamente competitivo, consiga fazer frente na disputa municipal, o enfraquecendo ainda mais para 2026.


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