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Em menos de 2 anos, Alese autorizou empréstimos que somam 1,7 bilhão de reais para o governo Mitidieri

Atualizado: 17 de jul.

Foto: Jadilson Simões

Em menos de 2 anos e mandato, Fábio Mitidieri (PSD) aprovou na Alese a autorização de empréstimos que juntos chegam a aproximadamente 1,7 bilhão de reais. Apesar dos altos números, não foi possível ver na base de sustentação do governo na Alese um apetite razoável para debater os empréstimos, todos aprovados em poucas horas.


No primeiro ano do governo Mitidieri, o Poder Executivo enviou dois projetos de lei solicitando a autorização empréstimos, cada um no valor de 300 milhões de reais. O primeiro, em maio, para a construção de um viaduto e uma ponte ligando a avenida Tancredo Neves ao bairro Coroa do Meio.  O segundo, em julho, se destinou a investimento em aparelhos culturais e em mobilidade urbana.


Neste ano, em março, outro empréstimo foi aprovado pela Alese, desta vez, no valor de 120 milhões de dólares, destinados à reestruturação de dívidas no âmbito do Programa Sergipe Mais Próspero e Sustentável. 


Os últimos empréstimos foram aprovados nesta quarta-feira, 17, e se destinaram a custear os programas Sertão Vivo e Conecta.SE, respectivamente, nos valores de 126,6 milhões reais e 53,8 milhões dólares. Apenas Marcos Oliveira (PL), Georgeo Passos (Cidadania), Paulo Júnior (PV) se posicionaram contra os dois empréstimos.


Durante a aprovação desses empréstimos, foi possível observar o desinteresse na base governista na Alese em averiguar se os projetos que justificam os empréstimos são urgentes e fazem jus a um endividamento do Estado. Apesar de ser um dos mecanismos legítimos à disposição dos governos, somente esses empréstimos representam aproximadamente 1 bilhão e 700 mil reais e são incapazes de demonstrar claramente qual planejamento a longo prazo está sendo feito, sendo possível que os sergipanos sequer tenham ouvido falar deles.


Para um governo cuja marca é a realização de festas, a aprovação de modo “banal” por parte da Alese de empréstimos que juntos chegam próximo a dois bilhões de reais se torna algo assustador. Recentemente, o governo retinha parte dos salários dos aposentados em nome do equilíbrio fiscal, o que deveria reforçar o rigor dos parlamentares em relação a esse tema. Sem debate minimamente criterioso da Alese, a sociedade não pode ter segurança de que os objetos justifiquem o endividamento.


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