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Foto do escritorAndré Carvalho

Em meio a uma campanha para privatização dos serviços, DESO desembolsará R$870mil para três eventos


Foto: Rio FM

Durante o Jornal da Rio 2ª edição desta quinta-feira, 25 de maio, o radialista Jailton Santana denunciou que havia recebido documentos revelando uma situação estranha na Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO). Nas palavras do radialista, há algo com “cheiro podre” na DESO.


Jailton, apresentou que a DESO teria autorizado o patrocínio, no valor de quase R$70mil, para um evento junino da Casacor, que é um evento privado, através da empresa Magnolia Produções. Segundo o radialista, uma das diretoras do evento seria irmã do presidente da DESO, Luciano Goes.


Outros dois patrocínios foram citados pelo radialista. Para o Festival da Mandioca, na cidade de Lagarto, Jailton informou que a DESO disponibilizará o montante de R$300mil. Teria pesado em favor de tamanha generosidade o fato de que o deputado federal Gustinho Ribeiro, Republicanos, teria indicado a direção da DESO. Gustinho é esposo da atual prefeita de Lagarto, Hilda Ribeiro.


Para o Arraiá do Povo, que está previsto para acontecer em junho na orla da Atalaia, a companhia desembolsará o montante de R$500mil, ainda segundo a fala do radialista. Os três eventos chegam ao montante de R$870mil. O alto valor chama atenção para uma empresa sem concorrência e pelo fato de que o governo tem realizado falas atestando incapacidade da DESO de financiar melhorias.


Os patrocínios divulgados por Jailton Santana explicitam que a campanha em curso para a privatização dos serviços da DESO não se sustenta em argumentos sólidos. Como uma empresa que, segundo o governador Fábio Mitidieri, PSD, não possui condições financeiras de melhorar seus serviços tem condições de disponibilizar R$870mil reais para patrocínio de eventos?


Durante o programa, o radialista disse que possivelmente encaminhará os documentos para algum deputado da oposição, chegando a citar o itabaianense Marcos Oliveira, PL. É fundamental que o povo sergipano tenha conhecimento de que o problema da DESO não é falta de dinheiro, mas o interesse em entregar o que é público ao setor privado.


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