No dia 21 de janeiro é comemorado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o Instituto de Estudos e Pesquisas Sócio Étnicos Raciais Comunidade Ojú Ifá convida para a apresentação da pesquisa intitulada “A casa Crioula: ritualística negro brasileira nas relações socioespaciais através de uma análise do Ilê Ojú Ifá”, de autoria de Isla Nunes.
A pesquisa de Isla Nunes, arquiteta e abian do Ilê Asé Ojú Ifá Ni Sahara, é resultado do trabalho de conclusão de curso para o departamento de arquitetura e urbanismo, na Universidade Federal de Sergipe. Foi fruto “de meses de estudo e observação de como o terreiro de candomblé utiliza ritualísticamente a casa e a cidade ao seu redor”, segundo a autora.
A apresentação ocorrerá no dia 21 de janeiro, às 15h, na rua Dr. Felisbelo Firmino de Oliveira Freire, nº50, no bairro 17 de março, sede da Comunidade Oju Ifá, fundado pela Ialorixá Sonia de Oliveira.
O evento vai debater a importância do dia em questão, instituído pela Lei Federal nº 11.635, de 2007, e que trata de garantir liberdade religiosa, laicidade do Estado e combate à intolerância religiosa. Tal Lei institui, também, a inclusão desta data no Calendário Cívico da União.
A escolha do dia 21 de janeiro homenageia a Ialorixá Gildásia dos Santos, fundadora do terreiro de candomblé Ilê Axé Abassá de Ogum, localizado no bairro de Itapuã, em Salvador. Mãe Gilda, como era conhecida, foi uma líder espiritual que combateu a intolerância religiosa, teve seu terreiro invadido e sofreu agressões morais por parte de seguidores de outras religiões. Estas ações fragilizaram a sua saúde, levando-a a falecer no dia 21 de janeiro de 2000.
Para Isla Nunes, “existe uma dimensão das identidades negras manifestadas pelo uso ritualístico da casa e da cidade. Estudar essas simbologias é uma forma de contar nossa história e defender o livre exercício da fé”.
O convite é aberto ao público e gratuito. Para saber mais informações, basta acessar o instagram da Comunidade Ojú Ifá.
(*) Por Comunidade Ojú Ifá.