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Crescimento do PSOL no Legislativo de Aracaju pode ser atrapalhado por vereador eleito pelo Democratas em 2020 e aliado de Fábio Mitidieri

Em Sergipe, acontece um movimento notório de enfraquecimento do campo progressista de esquerda, especialmente pela perda de competitividade eleitoral ou coerência ideológica do PCdoB, PSB e PDT. Nesse cenário, o PSOL tem se destacado pelo seu crescimento eleitoral. 


Sendo um partido novo nos espaços de poder em Sergipe, ocupa um papel importante na renovação de temas no debate político. Apesar desse papel, ainda enfrenta dificuldade para apresentar um amplo número de candidatos competitivos, focando em poucos nomes. 


Para exemplificar, trago a comparação com o PT. Para vereança de Aracaju em 2020,  no PT, 6 candidatos apresentaram competitividade, somando 63% dos votos do partido, enquanto no PSOL apenas 2, representaram 84% dos votos do partido. Na eleição para deputado estadual em 2022, 5 nomes apresentaram resultados competitivos e juntos somaram 78% da votação do PT, no PSOL, apenas 2 nomes competitivos concentraram 89% da votação do partido.


Esses resultados demonstram menos um crescimento partidário e mais um crescimento de alguns quadros políticos, o que pode explicar o fato de um partido de grande relevância na urna e no debate político não ser atrativo às filiações. Novamente comparando com o PT, em Aracaju, o PT lidera o quadro de filiados, com 4.518, e o PSOL fica na 12ª colocação, com 1.073 filiados.


Em todo estado, a partir de 2018, começou um processo de crescimento no número de filiados no PSOL, chegando a 2.921 em maio. Pelo número de filiados, o PSOL ainda se apresenta como um partido pequeno — 19º nesse aspecto —, principalmente se comparado a outros partidos como PT (15.542), MDB (14.671) e PSDB (9.868), mesmo tendo superado esses dois últimos no estado nas eleições de 2022 em votos e eleitos.


Nas eleições deste ano, o PSOL terá a oportunidade de garantir condições estruturais de campanha não apenas aos seus principais quadros em Aracaju, como também àqueles que precisam dessa estrutura para obter resultados eleitorais satisfatórios e levantar importantes debates na sociedade. Enquanto em 2020, o PSOL tinha apenas R$ 41 milhões de fundo eleitoral, neste ano serão cerca de R$ 127 milhões. Apesar do aumento, o PSOL deve priorizar estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. 


Em Aracaju, há uma necessidade de priorização da disputa ao Legislativo para garantir o aumento de 1 para 2 vereadores pela sigla. A necessidade aumenta com a saída do vereador Breno Garibalde do União Brasil para a Rede — com o qual o PSOL forma federação —, trazendo uma ameaça de o partido atingir votação para dobrar o número de vereadores, mas acabar premiando Breno, que se manteve aliado ao projeto neoliberal de Edvaldo Nogueira (PDT) nos últimos anos, com mais um mandato.

Breno Garibalde ao lado de nomes da direita durante ato de pré-campanha de Yandra de André

A missão de tornar o partido mais atrativo às filiações é um debate para os dirigentes levantarem internamente e definirem suas táticas a longo prazo. Para ontem, é fundamental que o PSOL debata táticas para que seu crescimento no Legislativo não seja abalado por um nome eleito pelo Democratas em 2020 e que se mantém aliado de figuras como Yandra de André (União) e Fábio Mitidieri (PSD).


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