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Conversas entre PT e PSOL são sinais positivos para o futuro da esquerda em Sergipe

Candisse Carvalho ao lado de Niully Campos
Foto: Júlia Rodrigues

Apesar de iniciais, as conversas em Aracaju entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido Socialismo e Liberdade, trazem ao cenário político de Sergipe um ânimo para quem busca algum mínimo comprometimento ideológico daqueles que estão na esquerda. As conversas apontam para a possibilidade de um futuro mais fértil às esquerdas das terras de Serigy.


Na última eleição, com exceção de Linda Brasil, o PSOL apoiou a candidatura do PT ao governo de Sergipe no segundo turno contra o candidato do PSD. Apesar de natural que o partido de esquerda que chegasse ao segundo turno recebesse o apoio dos demais partidos do espectro, não necessariamente isso ocorre e, quando ocorre, pode não significar um comprometimento razoável. A união contra o fortalecimento das forças de direita sergipana representou um avanço no histórico de relação entre os dois partidos.


Um dos exemplos positivos dessa relação em 2022 foi quando da visita de Lula (PT) no segundo turno para pedir votos para o senador Rogério Carvalho (PT). Niully Campos (PSOL), que disputou o primeiro turno ao governo por seu partido, estava ao lado deles, com destaque, no carro que percorreu a capital.


Apesar da relação positiva em 2022, após a eleição, os partidos não continuaram no necessário processo de aproximação, dado que ambos estão na oposição aos governos do PSD e do PDT no estado e na capital, seria o mais benéfico para ambos.


O atual cenário — em que ambos dialogam sobre a possibilidade inédita de uma aliança no primeiro turno em Aracaju — demonstra um PT interessado em fortalecer-se à esquerda e não de ocupar espaços em governos que, na prática, atuam contra sua plataforma política. No PSOL, demonstra um partido com mais planejamento tático para disputar o poder com êxito.


Apesar da disposição, ambos partidos possuem desafios nesse momento sobre como lidar com as diversas possibilidades de protagonismo e de convencimento de suas militâncias. Outro desafio é que nas federações em que fazem parte existem forças que caminharão no sentido oposto. Na federação do PT, alguns quadros do PCdoB e do PV parecem querer colaborar com o pré-candidato do PDT. Na Rede, o vereador do partido atua em favor da pré-candidatura do União Brasil.


Apesar de inicial e tardia, há um sinal positivo para que nos próximos anos PT, PSOL e os partidos de esquerda que queiram se unir à tarefa de fortalecimento político do espectro, realizem agendas de luta conjuntas, debatam os problemas do povo sergipano e atuem coletivamente contra as forças do retrocesso que surgem na nossa capital. É esperar que ambos partidos tenham sabedoria para aproveitar a oportunidade!


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