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Foto do escritorAndré Carvalho

Conheça os candidatos com o maior custo por voto para a Câmara Municipal de Aracaju

Foto: assessoria

Um dos aspectos importantes a serem observados nas campanhas eleitorais é como partidos e candidatos gerenciam os recursos financeiros, especialmente num cenário em que a maior parte do dinheiro vem dos cofres públicos. Durante o período eleitoral, o Sergipense já abordou esse tema. Agora, após o primeiro turno, calculamos o custo por voto dos candidatos a vereador em Aracaju.


De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de 487 candidatos disputaram uma vaga na Câmara Municipal de Aracaju este ano. No entanto, analisaremos apenas aqueles que declararam o recebimento de recursos iguais ou superiores a R$ 35 mil — valor mínimo para viabilizar uma campanha. Com base nesse critério, analisamos 209 candidaturas e calculamos o custo por voto para identificar os valores mais elevados.


A lista é liderada por Márcia de André (PODE), cujo custo por voto foi de R$ 4 mil. A candidata, que se apresenta nas redes sociais como aliada de longa data de André Moura (União), recebeu R$ 200 mil para sua campanha, mas obteve apenas 50 votos. Em segundo lugar, aparece Washington Chapista (União), com um custo de R$ 2.465 por voto (R$ 199 mil recebidos e 81 votos obtidos), seguido por Valeria Batalha (PODE), com um custo de R$ 2.363 por voto (R$ 130 mil recebidos e 55 votos).

Assim, o top 3 dos maiores custos por voto pertenceu à coligação da candidata Yandra de André (União), sendo um do seu partido e dois do partido do seu candidato a vice, Belivaldo Chagas (PODE).


Na quarta posição, Mah Verçoza (Republicanos) teve um custo de R$ 2.099 por voto, com R$ 136 mil arrecadados e 65 votos. Em quinto lugar, Geisa Kaline (PP) alcançou um custo de R$ 2.095, ao receber R$ 238 mil para uma campanha que conquistou 114 votos.


As candidatas do Republicanos ocupam a sexta e sétima posições: Pastora Viviane, com um custo de R$ 1.989 por voto (R$ 101 mil para 51 votos), e Jeane Braga, com R$ 1.893 por voto (R$ 71 mil para 38 votos). Em seguida, aparecem Irmã Mara Lúcia (MDB), com R$ 1.717 por voto (R$ 37 mil e 22 votos), Professora Eurimar (PCdoB), com R$ 1.596 por voto (R$ 91 mil e 57 votos), e Pastora Ana (Republicanos), com R$ 1.595 por voto (R$ 100 mil e 63 votos).


Além desses, outros oito candidatos apresentaram custo por voto superior a R$ 1.000: Marleide Santos (PODE), Natalia Dalto (PDT), Jéssica Fonseca (PSDB), Thaís Vasconcelos (União), Paloma do Galego (PSD), Eliana Souza (PSOL), Rosa Carvalho (PODE) e Josafá o Cozinheiro (PODE).


Entre os partidos, as maiores médias de custo por voto foram do PCdoB e do PP, ambos com R$ 235 por voto. O PCdoB recebeu R$ 310 mil e obteve 1.315 votos, enquanto o PP arrecadou R$ 2.888.542,94 e conquistou 12.268 votos. O Republicanos ficou em terceiro, com um custo de R$ 230 por voto, obtendo 8.687 votos e arrecadando R$ 2 milhões. O Podemos completou o top 5, com um custo de R$ 156 por voto, arrecadando R$ 3.463.807,32 e conseguindo 22.127 votos.


O Mobiliza, por sua vez, registrou o menor custo por voto. O partido alegou ter recebido apenas R$ 80 mil, mas conquistou 14.775 votos, resultando em um custo de apenas R$ 5 por voto — um valor que chama a atenção no contexto eleitoral.


Vale destacar que altos custos por voto não necessariamente indicam irregularidades, podendo refletir a ineficácia dos candidatos e dos partidos em suas campanhas. Da mesma forma, custos baixos não indicam, por si só, maior competência, podendo sugerir o uso de recursos não declarados. Em todo caso, é importante que o eleitor fique atento a esses números para cobrar mais transparência dos políticos e dirigentes partidários.



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