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Foto do escritorAndré Carvalho

Com medo de ficar fora do 2º turno, Belivaldo Chagas faz defesa oportunista por “unidade” governista com 2 chapas

Foto: reprodução

Durante as diversas entrevistas que o ex-governador Belivaldo Chagas (Podemos) tem concedido às emissoras de rádio, fica nítido o papel do pré-candidato a vice-prefeito na chapa do grupo de André Moura (União) de tensionar o agrupamento governista. O alvo de Belivaldo parece ser a liderança de Fábio Mitidieri (PSD), com o intuito de diminuir a concorrência de sua chapa.


O eixo narrativo das entrevistas de Belivaldo Chagas tem sido apontar para a pulverização de pré-candidatos do grupo governista como inabilidade política dos líderes do agrupamento. Durante as críticas, aparece o nome de Edvaldo Nogueira (PDT), mas falar que Edvaldo é pouco hábil em negociações políticas é dizer que água molha, sendo mais marcante a crítica ao governador.


Sempre relembrando sua atuação enquanto líder do agrupamento pelo período em que ocupou o governo de Sergipe, descreve o que um político hábil deve fazer, sendo, no caso, o que o próprio teria feito, e o que um político inábil faz, ficando isso exemplificado pelas atuações de Fábio e Edvaldo.


As falas de Belivaldo deixam escapar, de forma muito sutil, uma preocupação do grupo de André Moura: quanto mais candidatos, mais difícil para Yandra de André (União). Yandra já está com chapa fechada, tendo um ex-governador como vice, ou seja, não parece ser uma opção trocar Belivaldo por um dos demais pré-candidatos como vice, porque isso iria expor o experiente político ao ridículo de ser preterido até para vice.


Luiz Roberto (PDT) desponta como candidato pouco simpático, com o apoio de uma liderança sob desconfiança dos “aliados” e com histórico de baixa transferência de votos. Se o grupo governista tivesse apenas Yandra e Luiz, Yandra se beneficiaria dos apoiamentos das lideranças do agrupamento, principalmente as de pequeno e médio porte.


O cenário muda consideravelmente se o grupo governista lançar uma terceira chapa composta por Fabiano Oliveira (PP) e Danielle Garcia (MDB). Essa terceira chapa parece ameaçar mais Yandra do que Luiz, principalmente por dois motivos: a terceira chapa se aproxima mais do campo ideológico de Yandra do que do de Luiz e é mais atrativa às lideranças que acumulam insatisfações com Edvaldo do que Luiz. No primeiro ponto, se destaca o nome de Daniele, no segundo, o de Fabiano.


Para os líderes do agrupamento governista, incluindo Fábio, uma vitória de Yandra representa um fortalecimento político de André Moura e ameaça fortemente a capacidade de negociação dessa elite política. Apesar de tentar soar como zelo com a unidade do agrupamento, as falas de Belivaldo buscam apenas fortalecer seu núcleo para a disputa de espaços no agrupamento em 2026. Se estivesse preocupado com o agrupamento, sequer estaria pré-candidato.



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