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  • Foto do escritorAndré Carvalho

Cidadania: partido precisa se reorganizar em Aracaju para 2024


Foto: Melissa Warwick

Em 2020 o cidadania conseguiu um lugar de destaque na oposição aracajuana. Levou sua candidatura à prefeitura ao segundo turno e foi o partido de oposição com mais votos para o legislativo municipal. Em 2024 precisará se esforçar para manter a caminhada de protagonismo na capital.


Na última disputa municipal de Aracaju, o Cidadania se encontrava em uma situação mais confortável. Contava com um senador da república no seu quadro de filiados em Sergipe e com uma candidata competitiva ao Poder Executivo Municipal. Alessandro Vieira e Danielle Garcia representavam uma postura de oposição firme, de direita e alinhada com ideais lavajatistas. Essas características pareciam interessar ao aracajuano.


A última eleição, de 2022, serviu para balançar as estruturas do Cidadania. Não contavam mais com Alessandro que foi pro PSDB, partido que compõe federação com o Cidadania, e também não contavam com Danielle Garcia, que foi pro Podemos. Mas mantiveram-se unidos em formação de grupo político de oposição, que perdeu esse adjetivo ao ver nomes proeminentes embarcarem no grupo governista.


No antigo grupo, ainda há nomes que se colocam a fazer oposição combativa, como os parlamentares Ricardo Marques, Sheyla Galba e Georgeo Passos, os três do Cidadania. Eles não seguiram a “derrapada” dos aliados, mas poderão sentir dificuldades em Aracaju a depender dos movimentos que farão. Haverá um cálculo a ser feito sobre associar a imagem às de Alessandro e Danielle.


O nome de Kitty Lima, Cidadania, por sua vez, parece ser um dos nomes que menos acumulou perdas com a associação ao governo. A atual superintendente de proteção animal do governo de Sergipe possui uma pauta que se estabeleceu na defesa animal, diferentemente dos demais que ser oposição era parte da bandeira.


Ainda que possua um método de trabalho semelhante aos demais do Cidadania, com um uso forte das redes sociais para colocar a comunidade junto às denúncias que fazem, não tem no combate à corrupção e na rivalidade com nomes que lideram o agrupamento governista o pilar central de sua atuação. Kitty parece manter relevância e força na capital para conseguir uma vaga na CMA.


O Cidadania parece estar numa situação de alta necessidade em construir uma candidatura para a prefeitura de Aracaju que atenda mais a necessidade de não atrapalhar a chapa legislativa da capital do que ganhar a disputa pelo Poder Executivo Municipal.



Apesar de ser interessante para um crescimento de Georgeo no cenário estadual, para ele conseguir acessar o eleitorado aracajuano, não consigo vislumbrar uma vitória na disputa. Um êxito mais factível para o deputado seria na cidade onde a família tem tradição política, Ribeirópolis. Lá, o parlamentar ficou em primeiro lugar para a disputa pelo parlamento estadual.


Para Aracaju, o Cidadania não parece ter um filiado suficientemente forte para arriscar tirá-lo da disputa pela câmara de vereadores e lançá-lo em uma derrota quase certa pela prefeitura. A conjuntura parece convidar o partido a buscar um nome que consiga trazer uma imagem de oposição qualificada e firme para o Cidadania, visando a manutenção do espaço na capital e no estado num médio prazo.


A federação com o PSDB entra como um fator que torna o cálculo mais complexo. Apesar de os partidos ainda existirem em separado qualquer passo político, qualquer candidatura dentro da federação, terá que ser feito de forma unificada e os objetivos e interesses de cada partido podem estar em sentido oposto.


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