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  • Foto do escritorAndré Carvalho

Chapa de Luiz e Fabiano mantém viva a influência bolsonarista em Aracaju

Foto: assessoria

Embora tenha afirmado categoricamente que “não precisa de Lula” nos debates eleitorais, Luiz Roberto (PDT) usa constantemente sua proximidade passada com petistas para atrair votos. Ao mesmo tempo, o candidato à prefeitura de Aracaju esconde suas fortes alianças com o bolsonarismo.


Indicado por Edvaldo Nogueira (PDT), Luiz representa a continuidade de uma gestão que abandonou progressivamente pautas essenciais para a esquerda, ideologia que impulsionou a carreira política de Edvaldo. A formação de sua chapa expõe claramente que não se trata de um projeto de esquerda, mas de direita.


Seu vice é Fabiano Oliveira (PP), bolsonarista apadrinhado pelo senador Laércio Oliveira (PP). Durante a pré-campanha, Laércio chegou a vetar nomes da centro-esquerda, afirmando que "não se afina muito bem". A afirmação do senador deixa inapelável para quem tentar negar que a chapa do PDT está à direita.


Tanto Laércio quanto Fabiano foram ativos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Naquela eleição, disfarçaram o apoio a Bolsonaro no primeiro turno, escancarando seu compromisso no segundo turno, quando Laércio já estava eleito senador — uma tentativa de manter o apoio popular sem se comprometer publicamente com a impopularidade de Bolsonaro.


Enquanto isso, Edvaldo e Luiz, em vez de apoiar Lula, fizeram campanha para Ciro Gomes (PDT), o único candidato de esquerda a se opor à eleição de Lula — um sinal claro de descompromisso com o projeto progressista.


A composição da chapa, seus apoiadores e o financiamento que a sustenta revelam não só a falta de compromisso com Lula para 2026, mas também o avanço de um projeto privatista. Apesar do papel tradicionalmente secundário do vice, o peso de Fabiano e Laércio é evidente. O PP, partido de ambos, já destinou R$ 1,5 milhão à campanha.


O bolsonarismo, embora disfarçado, está presente e influente na chapa de Luiz. E uma candidatura abençoada por um prefeito que desvaloriza servidores e privatiza serviços, além de contar com um senador entusiasta da terceirização e contrário às cotas raciais e para pessoas com deficiência, está longe de representar um projeto popular como o de Lula.



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