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Campanhas de Yandra de André e Emilia Corrêa disputam espólio eleitoral de Jair Bolsonaro em Aracaju

Fotos: reprodução

Rejeitado nas urnas pelos sergipanos, Jair Bolsonaro (PL) agora vê seu espólio eleitoral disputado por candidaturas à prefeitura de Aracaju, especialmente por Emília Corrêa (PL) e Yandra de André (União). Nos últimos dias, representantes desses dois grupos acirram o debate em Sergipe na tentativa de estabelecer qual seria “o verdadeiro palanque de Bolsonaro”.


Filiada ao União Brasil, fruto da fusão do DEM com o PSL, Yandra de André é velha apoiadora do ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro e tem conseguido convencer nomes do setor evangélico e do bolsonarismo a aderirem ao seu palanque. Em 2022, durante um evento de Michele Bolsonaro (PL) em Sergipe, Yandra, já eleita, declarou que sua missão só estaria completa quando Bolsonaro fosse reeleito — uma missão que, evidentemente, terminou em fracasso. Como representante feminina da campanha de Bolsonaro em Sergipe, Yandra compartilhou palanque com figuras como Laércio Oliveira (PP), Fabiano Oliveira (PP) e Rodrigo Valadares (União).


É inapelável que Yandra encarna o ideário sombrio do bolsonarismo, no entanto, o ex-presidente inelegível parece ter dado preferência ao palanque de Emília Corrêa, melhor posicionada nas pesquisas e filiada ao mesmo partido que ele.


Recentemente indiciado no escândalo das joias, Bolsonaro apareceu ao lado de Emília em um vídeo, reafirmando seu apoio a ela na disputa pela prefeitura de Aracaju. Gesto que provocou uma reação imediata de João Fontes, apoiador de Yandra, que afirmou publicamente que Bolsonaro foi pressionado a gravar o vídeo.


João, que se orgulha de uma suposta amizade com Bolsonaro e rivaliza o coração dele em Sergipe com o deputado federal Rodrigo Valadares, defende ser Yandra a verdadeira representante bolsonarismo em Aracaju. Rodrigo, que apoia Emília, assegura que sua candidata conta com o apoio total do ex-presidente.


Enquanto ambos os grupos competem pelo título de “mais bolsonarista”, a verdade é que as duas candidatas representam o ideário do ex-presidente que, durante seu mandato, mergulhou a economia brasileira em crise, negou a eficácia das vacinas e contribuiu para o agravamento da pandemia de COVID-19, resultando na morte de milhares de brasileiros. Além disso, o bolsonarismo está representado no palanque de Luiz Roberto (PDT), que escolheu para vice um bolsonarista, e também na candidatura de Danielle Garcia (MDB), que serviu ao governo Bolsonaro.


O que esses candidatos buscam é uma fatia dos mais de 142 mil votos que o ex-presidente inelegível obteve no 2º turno de 2022 em Aracaju. Ao que tudo indica, essa disputa pelo espólio eleitoral obrigará Yandra e Emília a tirarem Bolsonaro das sombras de seus palanques, na tentativa de aumentar suas chances de chegar ao segundo turno.


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