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Bolsonaro afirma que PSD, de Fábio Mitidieri, apoiará anistia na Câmara; Nitinho já declarou apoio

Foto do escritor: André CarvalhoAndré Carvalho
Foto: Júlio Dutra
Foto: Júlio Dutra

O PSD, partido liderado por Fábio Mitidieri em Sergipe, tem se aproximado cada vez mais do bolsonarismo, mesmo integrando a base de apoio ao governo do presidente Lula (PT). Essa tendência ganha força com a crescente possibilidade de Tarcísio de Freitas (Republicanos), principal aliado de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, tornar-se o candidato de Jair Bolsonaro (PL) à presidência em 2026. Diante desse cenário, o partido de Mitidieri tem sinalizado apoio e alinhamento ao projeto político de extrema-direita.


Em abril de 2024, aqui no Sergipense, já apontávamos a forte possibilidade de Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, ser escolhido pelo bolsonarismo como candidato à presidência da República. Essa perspectiva ganha força devido à influência política que Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, exerce sobre Tarcísio. A ascensão do governador paulista representaria um ganho político significativo para Kassab e seu partido. Diante desse cenário, é difícil imaginar que Fábio Mitidieri, que já demonstrou falta de compromisso com o combate ao bolsonarismo em 2022, romperia com o presidente do PSD ou se empenharia, em Sergipe, pela reeleição do presidente Lula.


Além do que já podia ser observado pelas relações entre os principais personagens desses dois grupos — PSD e bolsonarismo —, Jair Bolsonaro foi claro ao afirmar ter resolvido seus problemas com Gilberto Kassab. Em conversa com o presidente nacional do PSD, Bolsonaro garantiu o apoio do partido em Brasília para a aprovação da anistia aos golpistas. Após a declaração, Kassab se manteve em silêncio, reforçando a percepção de alinhamento.


Como o PSD é uma releitura do MDB, porém desprovido de grandeza histórica, dificilmente a bancada do partido apoiará integralmente o pedido de anistia, especialmente deputados eleitos em colégios petistas, como os da Bahia. Na bancada sergipana, o PSD detém duas cadeiras: uma de Fábio Reis e outra de Katarina Feitoza. Atualmente, Fábio Reis está afastado, e seu suplente, Nitinho Vitale, assumiu o mandato, posicionando-se favorável ao projeto de anistia de Bolsonaro. Procurada, Katarina não se manifestou sobre o tema.


Além do apoio de Kassab na construção de uma maioria no PSD pela aprovação da anistia, Jair Bolsonaro avança em articulações com o União Brasil, liderado por André Moura e Yandra de André, e com o PP, representado por Laércio Oliveira e Thiago de Joaldo.


A proximidade do PSD com o bolsonarismo reforça a necessidade de o PT e o campo progressista de Sergipe construírem alternativas ao projeto de Fábio Mitidieri. Além dos problemas evidentes do projeto neoliberal do governador, Mitidieri não demonstrou, até o momento, compromisso com o combate ao bolsonarismo. Pelo contrário, fortaleceu o campo que sustenta o bolsonarismo.


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