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Assessores do ministro Márcio Macêdo atuam para boicotar pré-candidatura do PT em Aracaju

Márcio Macêdo ao lado de Edvaldo Nogueira
Foto: Júlio Dutra

Nas eleições de 2020, o Partido dos Trabalhadores decidiu fazer frente ao projeto neoliberal de Edvaldo Nogueira (PDT) em Aracaju. Naquela ocasião, o então ex-deputado Márcio Macêdo (PT) foi o escolhido pelo partido para disputar a Prefeitura. Passados 4 anos, com uma conjuntura mais favorável ao PT, a postura do agora ministro parece ser a oposta: subjugar-se ao projeto de Edvaldo e boicotar o próprio partido.


Os sinais desse boicote por parte de Márcio se acumulam com o passar dos meses. Em junho de 2023, Márcio e Eliane Aquino (PT) vieram de Brasília para comemorar o São João ao lado de Edvaldo e Fábio Mitidieri (PSD), fato que se repetiu no pré-caju do mesmo ano — gerando escândalo com o pagamento indevido de passagens e diárias.


Sem apresentar nome para disputar a prefeitura, a corrente liderada por Márcio (CNB) não participou das prévias internas que aprovaram o nome da jornalista Candisse Carvalho (PT) como pré-candidata do partido, em 9 de março. Em 6 de maio, o nome de Candisse foi homologado pelo diretório nacional do PT. Sem conseguir barrar a pré-candidatura na esfera nacional, o entorno de Márcio parece que não levantou a bandeira branca, iniciando então uma campanha de boicote.


Ivânia Pereira (PCdoB), assessora de Márcio que ocupa cargo de coordenadora-geral em uma das coordenações da Secretaria-Geral da Presidência da República, assinou, enquanto presidente do PCdoB de Aracaju, uma nota contra a pré-candidatura do PT sem apresentar nenhuma alternativa concreta.


Em seguida, mais um assessor do ministro fez movimentos contra o PT. Valadares Filho (Solidariedade), assessor especial de Márcio e atualmente presidente do Solidariedade no estado, realizou um encontro do partido ao lado do pré-candidato do PDT, Luiz Roberto, e do pré-candidato bolsonarista Fabiano Oliveira (PP), dando sinais de que não estará com o PT.


Fora isso, os rumores de boicote ao PT por parte do ministro são recorrentes na mídia sergipana. Segundo o jornalista Diógenes Brayner, uma fonte teria afirmado que Márcio teria sugerido à corrente da qual faz parte votar no pré-candidato do PDT. Na coluna do dia seguinte, o jornalista afirmou que outra fonte negara. Qual falou a verdade? Não se sabe, mas de fato há um clima de boicote de parte do PT ao próprio PT.


O boicote também foi publicado em reportagem da Folha. Segundo o jornal, o deputado João Daniel (PT) teria reclamado de perseguição por parte do ministro, ao ponto de considerar que nem no governo Bolsonaro (PL) teria sido tão humilhado.


Até o momento, não foi visto nenhum sinal de apoio de Márcio e de seus liderados à pré-candidatura do PT. O que contrasta com a relação que mantém com os governistas, de afagos e elogios recorrentes. É notório que Márcio não mantém amizade com as demais correntes do PT, entretanto, atuar ou incentivar subordinados a boicotarem a pré-candidatura do partido concretiza uma grave traição ao PT.


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