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Após luta solitária, Valadares Filho perde o comando do PSB sergipano para Zezinho Sobral


Foto: Janaína Santos

Na tarde desta quarta-feira, 13, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, anunciou a filiação de Zezinho Sobral, atual vice-governador de Sergipe, ao partido, confirmando as informações que correm há semanas nos bastidores. A filiação representa a entrada do partido no governo de Fábio Mitidieri (PSD).


O anúncio da filiação se deu através do instagram, num post conjunto entre Sobral e Siqueira. Logo após o anúncio, o mais novo “socialista” divulgou que sua chegada no partido representava também uma mudança na presidência da sigla no estado, agora sob seu comando.


As movimentações em torno do PSB atendem ao plano de estratégia eleitoral de Fábio Mitidieri (PSD), que visa minar as alianças do PT, tido como seu principal adversário para as próximas eleições. No início do ano, o governador incumbiu o MDB ao senador Alessandro Vieira e, agora, o PSB ao vice-governador.


Em resposta através das redes sociais, Valadares Filho, agora ex-presidente do PSB, se disse “surpreso” com a filiação e, ao pontuar sua caminhada de 25 anos no partido, reclamou que “diálogo político para ser bom tem que ser feito dentro de um ambiente de aceitação pacífica entre as partes, onde estejam presentes a coerência e o respeito ao legado histórico das lideranças envolvidas”.


O ministro Márcio Macedo (PT) afirmou à Fan que questionou o governador Fábio Mitidieri sobre as movimentações em relação ao PSB. O governador teria confirmado as movimentações em relação à filiação de Zezinho e que a conversa surgiu provocada pelo próprio PSB. 


Na ocasião, o ministro afirmou que não saiu em defesa do seu aliado e disparou “eu cuido do PT, já tenho problemas demais, divergências demais e debates demais. Não tenho energia para estar cuidando do partido dos outros”. Aproveitou a entrevista para aconselhar Valadares Filho a aceitar passivamente as mudanças do partido, garantindo que entre o PSB e Valadares, ficaria com o último.


As falas de Márcio antecederam em um dia a filiação de Zezinho e a perda do comando do partido por parte do seu assessor para assuntos parlamentares. Antes de ir ao PSB assinar a ficha de filiação, o vice-governador teria se reunido com Valadares Filho com o intuito de negociar os termos da mudança do comando, sem conseguir convencê-lo, o fez sem sua cooperação.


Nos bastidores, circulou a informação de que, inicialmente, o convite de filiação teria se direcionado ao governador Fábio Mitidieri e que, com a negativa, teria incumbido ao seu vice a missão de comandar o PSB. No processo de convencer Valadares a aceitar passar a sigla sem questionamentos, o governo teria oferecido a ele a Secretaria Especial de Representação do Estado de Sergipe em Brasília.


Valadares, que tem sido pouco transparente em relação às negociações de bastidores, negou que negociasse o cargo no governo de Sergipe, afirmando que a informação não teria a menor procedência. Procurado pelo Sergipense, preferiu não responder.


Não há dúvida de que Valadares lutou para permanecer à frente do PSB, que representava um dos derradeiros alicerces de força política do assessor de Márcio Macedo. Em meio à campanha de tomada, se viu só e viu a pomba socialista escapar de suas mãos e pousar no colo dos governistas. Sem deferências, o PSB sinalizou com um “tchau, querido” para um filiado que há 25 anos defendia a bandeira do partido.



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