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Foto do escritorAndré Carvalho

A união quase impossível: divergências e desconfianças podem dificultar unidade no grupo governista para disputa pela prefeitura de Aracaju


Foto: reprodução instagram.

Uma tentativa de união foi anunciada após recente reunião entre os governistas para a disputa à prefeitura de Aracaju. No entanto, a delicada tentativa foi rapidamente ofuscada por atritos na arena pública, principalmente entre Edvaldo Nogueira (PDT) e André Moura (UNIÃO), que disputam a preferência do grupo para a sucessão municipal.


Em recente coletiva, Edvaldo Nogueira expôs uma fala de André Moura na qual ele afirmava inclinação a apoiar Luiz Roberto (PDT), candidato do atual prefeito da capital. A fala causou celeuma por ser feita enquanto a filha de André Moura, Yandra de André (UNIÃO), tem seu nome posto como pré-candidata e por deixar em segundo plano o fato dela ter sido feita antes de Yandra começar a trabalhar sua caminhada na capital. 


A escolha de Edvaldo por levantar a questão expõe uma estratégia arriscada do atual prefeito em enfraquecer seus opositores aliados, contrariando o princípio de não-agressão buscado no grupo governista.


Atualmente, há 4 nomes com maior factibilidade que representam forças distintas se colocando com interesse na disputa pela prefeitura no grupo governista: Fabiano Oliveira (PP), indicado pelo senador Laercio Oliveira (PP); Danielle Garcia (MDB) indicada pelo senador Alessandro Vieira (MDB); Luiz Roberto (PDT), indicado por Edvaldo Nogueira (PDT) e Yandra de André (UNIÃO), indicada por André Moura (UNIÃO).


Desses 4, Yandra e Luiz possuem tendência à cabeça de chapa e Fabiano e Danielle à vice candidatura. Dos 4 projetos representados por eles, 3 (PDT, MDB e UNIÃO) possuem manifesto interesse numa cadeira do senado em 2026 e tendo como estratégico para isso o apoio do comandante de plantão na capital.


Além dos projetos para 2026, há ranhuras públicas entre os atores. André e Edvaldo possuem desconfiança mútua decorrente de eleições anteriores. No MDB, Danielle demonstra afinidade enquanto Alessandro faz falas duras em relação a André Moura: “a gente sabe a forma de atuação política que se dá aí, e não tem meu apoio”. O mais discreto dos líderes é Laércio Oliveira (PP) que, nos bastidores, comenta-se uma propensão a disputar o governo de Sergipe em 2026.


Diante de um jogo tão embaralhado, é difícil que se tenha unidade no grupo governista em Aracaju, reflexo também do pouco domínio que Fábio Mitidieri possui sobre seus aliados. A disputa pela prefeitura da capital pode ter impactos significativos para as eleições estaduais e federais de 2026, quando os principais líderes políticos de Sergipe devem concorrer a cargos, não sendo interessante a eles renunciarem a protagonismo neste ano.


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