76% dos brasileiros apoiam imposto mínimo sobre os mais ricos para isentar renda até R$ 5 mil
- André Carvalho
- 10 de abr.
- 2 min de leitura

O governo Lula (PT) enviou um projeto de lei (PL 1087/2025) para que pessoas com renda mensal de até 5 mil reais tenham isenção no imposto de renda, além de isenções graduais para quem possui renda até 7 mil reais por mês. Para viabilizar a isenção, o projeto prevê uma cobrança mínima sobre os mais ricos. Segundo o Datafolha, ambas propostas são aprovadas por mais de 70% da população.
Segundo levantamento do Datafolha realizado no início de abril e divulgado na última quarta-feira, 8, a alíquota mínima de até 10% para quem possui rendimentos mensais superiores a 50 mil reais obteve o apoio de 76% dos entrevistados pelo instituto, sendo rejeitada somente por 20% da população. Apesar do alto índice de apoio, 49% dos entrevistados acreditam que o Congresso Nacional não irá aprovar a proposta do governo Lula; 47% acredita que será aprovado.
O instituo também perguntou a opinião dos brasileiros sobre a isenção proposta pelo governo do PT. Os números apontam que 70% dos brasileiros apoiam a isenção, enquanto 26% rejeitam. Além disso, 50% acredita que a isenção será aprovada pelo Congresso, enquanto 45% acreditam que será rejeitada.
Segundo os números do instituto, até mesmo em classes mais resistentes a esse tipo de proposta, como empresários, há uma construção de maioria para a aprovação à tributação dos mais ricos; 54% dos empresários entrevistados se posicionaram favoravelmente. Sobre a isenção, há um apoio menor entre quem está na faixa etária de 16 a 24 anos (61% de apoio) e maior entre quem possui ensino superior completo (84%) de aprovação.
Os dados do Datafolha reforçam que a maioria dos brasileiros apoia uma reforma tributária mais justa, com alívio para a base da pirâmide e maior contribuição dos mais ricos. A proposta do governo Lula, ainda que represente um avanço significativo, é somente um dos passos em direção a um sistema fiscal mais justo e a um país menos desigual. A criação desse percentual mínimo, que atinge principalmente quem vive da distribuição de lucros e dividendos, é parte fundamental para a viabilidade do projeto de isenção do imposto de renda para a classe trabalhadora.
O Datafolha entrevistou 3.054 pessoas com mais de 16 anos em 172 cidades de 1º a 3 de abril. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos.
Com informações da Folha de São Paulo.